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Policia MT
Sábado - 02 de Outubro de 2010 às 09:25
Por: Gabriela Galvão

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VG Notícias
Menina de três anos deu entrada no Pronto Socorro de Várzea Grande vítima de afogamento e suposto abuso sexual.
Menina de três anos deu entrada no Pronto Socorro de Várzea Grande vítima de afogamento e suposto abuso sexual.

Uma criança de três anos deu entrada no Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande às 16h30 da última quinta-feira (30.09), aparentemente com sinais de afogamento. No entanto equipe médica que atendeu a ocorrência constatou grave lesão na região anal da menina, configurando abuso sexual.

A mão da menina, Jessica Dahora, de 20 anos, nega qualquer tipo de abuso, diz que estava em um churrasco, quando acabou cochilando e a criança caiu na piscina. “Eu estava na casa de uma amiga minha, tava só eu ela e o namorado dela, que estava no quarto assistindo TV e eu estava na sala com as crianças. Daí a filha da minha amiga, que tem 10 anos, foi pegar um prato do lado de fora da casa para comer bolo e viu que minha filha tinha caído na piscina. Foi num instante que cochilei”.

Alessandra repetiu insistentemente que não havia bebido uma gota álcool e que não sabia porque o legista estava inventando a história do abuso. “Eu fui troca a roupa dela e ela tava perfeita. Eu lavo minha filha todo dia, passo pomada ela tá perfeita”.

No entanto, logo depois a mãe se contradisse. Indaga pela redação do VG Notícias a respeito das roupas da criança, Alessandra disse que não havia trocado a menina, que ela foi ao hospital com a roupa que caiu na piscina. “Ela tava de blusinha e chortinho, veio com a mesmo roupa para cá. Ela deve ter ficado uns oito ou dez minutos na piscina, quando eu peguei ela, ela tava toda roxa. Fiquei massageando e apertando o abdômen dela, não parava de sair água. A sorte foi que a ambulância chegou rápido, demorou só uns 10 minutos”.

A mãe da criança disse ainda que estava tranquila em relação a piscina, pois a menina tem medo de água. Porém, estranhamente, em seu relato Jessica disse que haviam duas bóias na piscina e que a menina deveria ter tentado pegá-las quando caiu. “Até para dar banho nela é o maior pampero, ela morre de medo de água”.

A criança está na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas de acordo com Jéssica, está reagindo melhor. “O problema maior está no cérebro que ficou muito tempo sem oxigênio. Mas se deus quiser ela vai ficar bem e não vai ficar com nenhuma sequela”.

Outro lado - Assim que constado o abuso a Policia Militar e o Conselho Tutelar foram chamados ao local, como de praxe em casos de espancamento, ou abuso sexual de crianças, segundo uma das pediatras de plantão que atendeu a menina – que preferiu não ter seu nome citado.

A pediatra entrevistada pelo VG Notícias alegou que a lesão foi constada por toda a equipe médica que a atendeu, mas lamentou o fato Instituto Médico Legal (IML) ter ido só hoje fazer o exame. “O anus da menina estava tão dilacerado que não parava de sair fezes, ficava saindo sozinha e com sangue. Mas o IML veio fazer o exame só hoje e o ânus se regenera muito rápido, vai acabar não dando em nada”.

Ainda de acordo com a pediatra, vizinhos de Jessica disseram que ela “não vale nada”, que é “porcaria” e que pode estar encobrindo tudo que aconteceu.

A denúncia de abuso sexual chegou à reportagem do VG Notícias por e-mail, por meio do qual o denunciante afirmava que o abuso havia ocorrido e que três homens teriam atacado a menina e depois tentado afogá-la na piscina. O e-mail informava ainda que a mãe estaria em frente ao Pronto Socorro, no momento em que era enviado. O que pode ser constado pela reportagem.

A reportagem do VG Notícias tentou contato com o Conselho Tutelar, porém nenhum conselheiro foi encontrado.






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