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Quinta - 12 de Agosto de 2010 às 08:02
Por: Ana Rosa Fagundes

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A Câmara Municipal de Cuiabá já foi notificada pela Justiça Eleitoral sobre a cassação do vereador Ivan Evangelista (PPS). A presidência da Casa deve notificar Ivan e depois dar posse ao suplente, Júlio Pinheiro (PTB), ex-presidente da Agência de Habitação do município.

Mas esse trâmite depende do presidente da Casa, Deucimar Silva (PP). Alegando trâmite interno, ele pode prolongar essa notificação e dar tempo ao colega para recorrer. Ivan declarou ontem que já entrou com recurso contra a decisão da Justiça.

Para amenizar ainda mais a situação de Ivan na Câmara, o suplente, Júlio Pinheiro, é companheiro político do vereador e por isso não tem “pressionado” a presidência para que Evangelista seja afastado e o suplente fique com a vaga.

Na semana passada o vereador foi cassado pela Justiça Eleitoral, em primeira instância, por compra de votos. Ele foi acusado de usar a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU) para “negociação de cargos” ameaçando os estagiários para que votassem nele na eleição que aconteceu em 2008.

“Não cometi nenhum erro, sou um homem limpo. Se a Justiça é justa, não pode ser injusta comigo. Ela vai me devolver meu mandato”, disse Ivan Evangelista.

Segundo a denúncia, Ivan Evangelista, que buscava a reeleição na época, se valeu da influência que tinha com o secretário da SMTU, Elismar Bezerra, correligionário que foi indicado para o cargo pelo próprio Ivan Evangelista, para articular sua campanha dentro do órgão público.

Conforme a ação, Ivan Evangelista teria colocado uma pessoa de sua confiança para atuar dentro da secretaria como seu coordenador de campanha no órgão público. O suposto líder comunitário Wellington de Oliveira Santos teria ameaçado os estagiários que não declaravam voto favorável ao candidato e abordava os demais na tentativa de convencê-los a realizar reuniões com suas famílias para apresentar o vereador.

A denúncia inicial contra o vereador foi feita à Justiça Eleitoral por uma então estagiária do órgão e reforçado por outros quatro depoimentos.

O vereador alega que não praticou atos ilegais e que tudo não passa de armação política. “Só pode ter sido armação política. Alguém que perdeu o cargo ficou muito ressentido e fez isso de vingança. Ou ainda, essas pessoas que fizeram a denúncia poderiam ter sido contratadas por outro secretário, inimigo político”, afirmou Ivan Evangelista, sem citar nomes dos supostos inimigos.






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