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Policia MT
Quarta - 04 de Agosto de 2010 às 08:30
Por: Renê Dióz

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Hospital de Colíder, onde o médico Tobisawa (destaque) sedava pacientes para fazer sexo oral
Hospital de Colíder, onde o médico Tobisawa (destaque) sedava pacientes para fazer sexo oral

A Justiça negou a soltura, em caráter liminar, do médico ortopedista Célio Eiji Tobisawa, 43 anos, detido no anexo da Polinter em Cuiabá desde terça-feira passada por supostas práticas de estupro contra vulneráveis no Hospital Regional de Colíder (a 650 km de Cuiabá), onde atuava uma vez por semana. De acordo com o despacho do desembargador Juvenal Pereira da Silva, relator do pedido de Hábeas Corpus feito na semana passada, o médico permanecerá preso até o julgamento do mérito.

O desembargador alegou que necessita de uma melhor análise do caso e requisitou informações ao juiz da comarca de Colíder em até cinco dias para, depois remeter o processo ao Ministério Público. De acordo com o advogado de Célio, não há nada que a defesa possa fazer por enquanto para a soltura do médico.

Célio foi preso após investigações da polícia segundo as quais ele abusava sexualmente de pacientes durante um procedimento denominado “infiltração”, enquanto atendia no Regional de Colíder, com uso de sedativos. De acordo com o delegado Sérgio Ribeiro Araújo, as vítimas eram sempre homens de pele e olhos claros, entre 20 e 30 anos. Após sedadas, segundo o delegado, o médico se aproveitava da situação e realizava sexo oral nos pacientes, que só depois percebiam o ato.

Esta foi a situação denunciada por um paciente em 25 de junho. Ele até tentou agredir o médico quando acordou e fugiu da sala chorando desesperadamente para contar o que havia acontecido a outros funcionários do hospital, que o orientaram a registrar um boletim de ocorrência. Foi com base neste boletim que Araújo disse ter chegado a outras duas supostas vítimas do mesmo médico, o que bastou para a Justiça de Colíder determinar a prisão preventiva dele.

Célio também atuava em pelo menos duas clínicas da Capital, onde todos os colegas já se disseram pasmos com a prisão devido à boa reputação que Célio sempre teve como pessoa e profissional. Entretanto, o Estado já anunciou a demissão do médico do Regional de Colíder. O Conselho Regional de Medicina informou que suspendeu as atividades médicas de Célio enquanto ele estiver sendo investigado e o delegado cogita encontrar mais vítimas até o fechamento do inquérito, que deve culminar com indiciamento por prática de estupro contra vulnerável, cuja pena varia de oito a 15 anos de detenção.






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