Após fiasco na Copa, norte-coreanos são humilhados em público, diz rádio

Segundo a rádio Free Asia, a equipe que disputou o Mundial foram humilhados em público, no seu retorno a Pyongyang, no último dia 2 de julho, em um grande auditório no Palácio da Cultura dos Trabalhadores. De acordo com fontes que não foram reveladas, os atletas foram levados a um palco diante de mais de 400 pessoas, incluindo o ministro dos Esportes, Park Chul Myoung e um vice-diretor do Partido dos Trabalhadores.

Ricardo Nogueira 25.jun.2010/Folhapress

Único gol da Coreia do Norte na Copa do Mundo foi sobre o Brasil, na derrota por 2 a 1

Lá, os convocados para a Copa passaram por "um grande debate e sofreram críticas de que eles falharam na luta ideológica". De acordo com um empresário chinês, "com excepção de Jung Tae Se [apelidado de "Rooney coreano"] e Yong Um Hak [que nasceram no Japão mas se naturalizaram norte-coreanos], os jogadores foram criticados por outros atletas e um comentarista esportivo, além de terem sidos obrigados a criticar o treinador Kim Jong Hun".

De acordo com outra fonte em Shinuiju, a reunião durou seis horas e técnico de segurança Kim Jung Hun poderia estar em perigo, como foi publicamente acusado de "trair o jovem general Kim Jong Un", herdeiro do líder norte-coreano Kim Jong II.

"Há rumores de que o treinador Kim Jung Hun foi expulso do Partido dos Trabalhadores, ou que ele foi enviado para executar trabalho forçado em um local de construção de edifícios residenciais em Pyongyang, mas tais rumores são difíceis de verificar", disse a fonte.

Segundo as mesmas pessoas ouvidas pela rádio asiática, o comentarista esportivo que cobriu os jogos da Copa do Mundo estava presente e foi encarregado de apontar as deficiências de cada um dos jogadores e, em seguida, criticá-los.