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Cidades/Geral
Quinta - 29 de Julho de 2010 às 06:10
Por: Marilene Oliveira

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Ele já foi chamado de camponês, lavrador, agricultor de subsistência, pequeno produtor, agricultor familiar. A evolução social e as transformações sofridas por esta categoria são conseqüências de uma nova situação deste trabalhador fundamental para o desenvolvimento do País.

Na data em que se comemora o Dia do Agricultor, procuramos o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tangará da Serra a fim de tomar conhecimento das atividades desenvolvidas pelo órgão e colher informações acerca da população de pequenos agricultores do município.

Segundo o presidente da instituição, Adilso Afonso da Silva, a área rural de Tangará é formada por comunidades rurais, como o Assentamento Antônio Conselheiro, com 640 famílias de pequenos produtores pertencentes ao município, Bezerro Vermelho, com cerca de 191, Vale do Sol com 88, Gleba Triangulo com 145, enfim, são cerca de 60 comunidades rurais que representa uma população de mais de 7 mil pessoas.

No sindicato Rural, criado em 1978, há registro de 7.245 matriculas até 2010, desse total existem hoje cerca de 1.500 agricultores com cadastro ativo. O Sindicato representa toda a classe dos pequenos agricultores e trabalhadores rurais.

Dentre as atribuições do órgão, segundo o tesoureiro José Joaquim Camelo, estão o atendimento aos associados no suporte com informações relacionadas à área e ao serviço rural, orientação quanto encaminhamento de processos para o recebimento de beneficios do INSS como aposentadoria, pensão, auxílios diversos, salário maternidade. “Eles são muito humildes, aí orientamos e providenciamos tudo o que é necessário para o encaminhamento dos processos”, salienta José Joaquim.

Há uma instrução normativa, que determina que para que o produtor rural possa comprovar sua regularidade na atividade rural deve estar filiado ao   sindicato para fins de recebimento de direitos.
O tesoureiro informa ainda que Sindicato oferece  assistência técnica para a obtenção dos créditos da área rural, “a assessoria técnica dá suporte para que os agricultores consigam financiamentos como Pronaf e toda linha de financiamento”.

A agricultura familiar, através da Lei Federal 11.947/2009, que estipula que 30% dos alimentos destinados à merenda escolar sejam adquiridos dos produtores locais, também representa uma conquista, “temos ainda a Conab que compra os produtos do campo e distribui para as entidades municipais. Numa parceria com a Secretaria de Agricultura, sindicato e produtores formamos uma rede que facilita o escoamento do produto e dá ganho real ao produtores”. Diz José Joaquim.

O forte da produção rural de Tangará em baixa escala é o leite e a banana, além de amendoim, mandioca, frutas, batata, entre outros, salienta o presidente. "Teria como aumentar a produção, mas não tem comércio”.

A população rural segundo os dirigentes do Sindicato contribui muito com a movimentação do comércio tangaraense, “principalmente com a renda oriunda do INSS, já que temos um numero considerável de aposentados, um direito que levou mais de 15 anos para ser conquistado.

RECONHECIMENTO - No dia 28 de julho é comemorado o dia do agricultor, data instituída a partir do centenário da criação do Ministério da Agricultura, em 1960. O presidente Juscelino Kubitschek foi responsável pelo decreto que aprovou a data, pois considerava que o trabalho do agricultor foi o responsável pelo crescimento econômico do país.

Com isso, fez uma demonstração do respeito que o trabalho braçal possui, sendo merecedor de respeito e de manifestações de agradecimento pelos trabalhadores.

O primeiro tipo de agricultura foi a itinerante, praticada pelos nômades, povos que não têm moradia fixa, através do plantio, colheita, queima do terreno e novas plantações, até que o solo não produzisse mais, período no qual se mudavam.

A partir das técnicas que controlavam as plantações, evitando que as mesmas fossem destruídas pelos fenômenos da natureza, o homem passou a ter moradia fixa, constituindo assim as primeiras cidades, como no caso do Egito Antigo e suas plantações ao redor do rio Nilo.

No período colonial, o Brasil aprendeu a praticar a agricultura que hoje é conhecida como “plantations”, com um único tipo de plantação e mão de obra barata. Esses produtos são desenvolvidos para as exportações, como a soja, a cana de açúcar dentre outros.

Existem dois projetos para o campo com focos diferentes no Brasil. O primeiro prevê a expansão da produção agropecuária e o segundo, enfatiza aspectos ambientais e sociais do processo de desenvolvimento, com que se denomina sustentabilidade do desenvolvimento rural, equilibrando condições sociais, econômicas e ambientais.





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