Repórter News - www.reporternews.com.br
Politica MT
Quinta - 26 de Dezembro de 2013 às 09:22

    Imprimir


MidiaNews
Mauri Rodrigues de Lima comandou a Secretaria de Saúde por 9 meses, sob intensa pressão
Mauri Rodrigues de Lima comandou a Secretaria de Saúde por 9 meses, sob intensa pressão
Três secretários passaram pelo comando da Secretaria de Estado de Saúde em 2013, sem conseguir pôr fim às inúmeras deficiências e reclamações que o setor acumula em Mato Grosso. 


 
Em janeiro, após ter tido as contas reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), o então secretário Vander Fernandes (PP) foi exonerado do cargo e substituído por Mauri Rodrigues de Lima. 


 
Em 31 de outubro, após encarar diversas crises, Mauri foi substituído pelo médico Jorge Lafetá (PMDB).


 
As críticas ao modelo de gestão terceirizada dos hospitais por meio das Organizações Sociais de Saúde (OSS) foram recorrentes ao longo do ano, inclusive por parte dos servidores e de aliados do Governo, como o deputado José Riva (PSD). 


 
Mauri assumiu com a promessa de renovação, após duas criticadas (e reprovadas) gestões, a do ex-deputado federal Pedro Henry (PP) e de seu afilhado Vander. Porém, logo entrou em rota de colisão com a cúpula do próprio partido, que o havia indicado para o cargo. 


 
Os deputados estaduais do PP, Ezequiel Fonseca e Antônio Azambuja, foram ao governador Silval Barbosa (PMDB) “pedir a cabeça” do secretário.


 
Na queda de braço, Mauri levou a melhor: teve respaldo do governador para exonerar todos os apadrinhados de Henry e do PP da pasta, e implantou seu próprio modelo de gestão. Mas, não conseguiu resolver os problemas da saúde.


 
Após perder a Secretaria de Saúde para Mauri, o PP chegou a pressionar por cargos em outras pastas. Porém, sem sucesso, eles deixaram o Governo oficialmente em julho, e os dois deputados passaram para a oposição na Assembleia Legislativa.


 
Gestão problemática 


 
O escândalo dos medicamentos de alto custo vencidos encontrados no estoque da Central Estadual de Abastecimento de Insumos de Saúde (Ceadis) foi o primeiro grande baque da gestão de Mauri. 


 
Conforme o relatório da Auditoria Geral do Estado, o prejuízo com remédios e insumos vencidos foi de R$ 2,8 milhões, durante a gestão da OSS Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas), de julho de 2012 a maio de 2013. De acordo com a AGE, mais de 200 tipos de medicamentos perderam a validade. 


 
O órgão constatou também um prejuízo de R$ 674 mil referentes aos remédios perdidos com a queima de uma geladeira na Farmácia Cidadã Bandeirantes. O defeito levou à perda de medicamentos termolábeis, que deveriam ficar na temperatura entre 2°C a 8°C.


 
Os atrasos de R$ 12 milhões do ano de 2012 nos repasses voluntários para auxiliar a saúde nos municípios levaram a Justiça a afastá-lo do cargo em outubro. O Governo alegou que estava pagando a dívida de forma parcelada e, cerca de 20 dias depois, após algumas negativas, reverteu a decisão. Em seguida, Mauri deixou o cargo. 


 
A última cartada de Silval para contornar a crise foi nomear seu cardiologista e secretário-adjunto da pasta, Jorge Lafetá, para comandar a Saúde. 


 
A secretaria entra no ano de 2014 sem dívidas com os municípios e consórcios de saúde, sem pressão partidária para saída do secretário, mas ainda envolta em polêmicas quanto ao sistema de gestão terceirizada por OSS, e sem conseguir atender à demanda dos cidadãos de Mato Grosso por atendimento.





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/1228/visualizar/