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Economia
Sábado - 10 de Julho de 2010 às 16:01

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O governo alemão desenhou um plano que forçaria credores a aceitar um desconto na dívida soberana emitida por Estados membros da zona do euro insolventes, disse no sábado uma revista local.

O plano para realizar "cortes" na dívida de governos faz parte da iniciativa da chanceler alemã, Angela Merkel, para elaborar um marco com procedimentos para Estados europeus que já não possam cumprir com suas obrigações financeiras.

A revista semanal "Der Spiegel" disse que o ministro das finanças, Wolfgang Schaeuble, descreveu o plano depois de mencionar um relatório preparado por especialistas do governo.

"Cada vez que uma empresa se torna insolvente, os credores têm que renunciar a algumas de suas exigências, e assim é como deve ser um procedimento de insolvência para os estados também", indicou.

Um porta-voz do Ministério das Finanças disse que não iria comentar o que descreveu como "passos intermediários" do projeto.

A Alemanha possui a maior parte européia de uma rede de segurança de 750 bilhões de euros criada para que o bloco do euro num momento em que o governo está planejando suas próprias medidas de austeridade, gerando enorme descontentamento popular para resgatar economias como a grega.

O plano estabelece que o "setor privado deve ser incluído no processo para que os contribuintes não tenham que suportar sozinhos a carga financeira", disse a revista.

Em troca de chegar a um acordo para a redução de dívida, os credores teriam o resto de seus investimentos garantidos, disse a reportagem, e acrescentou que o FMI (Fundo Monetario Internacional) estaria envolvido no processo de reestruturação desde o começo.

Uma nova instituição a ser fundada --conhecida como o Clube de Berlim-- onde se concentram os bônus soberanos e seus derivados, atuaria como garantia, disse a revsita. O clube seria despolitizado e independente, acrescentou.

O G20, o grupo das 20 maiores potências industriais, estaria convidado para integrar o clube, disse a "Der Spiegel", e acrescentou que um novo organismo fundado na zona do euro era também uma opção viável. 





Fonte: Reuters

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