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Sábado - 10 de Julho de 2010 às 07:55
Por: Jean Campos

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O Tribunal de Ética e Disciplina da OAB de Mato Grosso manteve suspenso o registro profissional dos advogados Célia Cury e Alessandro Jacarandá. Ambos foram ouvidos ontem pelo TED e apresentaram defesa oral. Eles terão 15 dias para apresentar prova documental e requerer intimação de testemunhas. O julgamento final do processo disciplinar que os advogados respondem deve ocorrer em 90 dias.

Célia e Alessandro Jacarandá tiveram a cassação temporária da carteira da Ordem junto com outros quatro advogados presos durante a operação Asafe, da Polícia Federal - acusados de participação em suposto esquema de venda de sentenças no Judiciário estadual.

Também perderam o direito de advogar Max Weizer Mendonça, Alcenor Alves de Souza, Santos Souza Ribeiro e Alessandro Jacarandá. Eles devem ser ouvidos na semana que vem. A OAB cassou os registros dos advogados e os intimou para que o Tribunal de Ética e Disciplina ratifique a decisão.

De acordo com o presidente da OAB, Cláudio Stábile, o TED também aguarda documentação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) relativas às investigações para concluir o processo. Como o STJ entrou em recesso, as informações serão prestadas somente no mês de agosto.

Todos os punidos prestaram depoimento na PF no dia da deflagração da Operação Asafe (18/05), por determinação do STJ. Conforme revelou o Diário, depoimentos que integram o inquérito sigiloso complicam a situação da advogada Célia Cury. Esposa do desembargador aposentado José Tadeu Cury, ela figura nas investigações da PF como uma das figuras centrais no caso.

A dona-de-casa Ivone Reis de Siqueira, outra investigada, confirmou em depoimento sua atuação como “lobista” ao lado de Célia. Max Weyzer Mendonça admitiu que participou da negociação de uma decisão, ao preço R$ 50 mil, além de outros três casos negociados com o “grupo de Célia”. O ex-prefeito de Alto Paraguai Alcenor Alves de Souza teria tentado manter de forma fraudulenta sua esposa na prefeitura do município com a ajuda das lobistas, conforme revelou escutas telefônicas. Alessandro Jacarandá é sócio de Célia Cury e Santos Souza Ribeiro afirmou em seu depoimento ser amigo de Ivone.






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