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Nacional
Sexta - 09 de Julho de 2010 às 14:16

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O advogado de seis suspeitos de participar do desaparecimento de Eliza Samudio, 25, Ércio Quaresma Firpe, afirmou que recomendou nesta sexta-feira que o goleiro Bruno Fernandes, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão e o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, Paulista ou Neném, não fornecessem material genético para a polícia.

Em entrevista coletiva na manhã de hoje, o delegado Edson Moreira, do DIHPP (Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa) afirmou que Firpe e Zanone --advogado de Santos-- invadiram a delegacia e falaram para os suspeitos não cederem o material.

"Nós não invadimos a delegacia, nós fomos recepcionado no gabinete do delegado e recomendamos que Bruno, Macarrão Marcos não fornecessem material genético para análise em hipótese nenhuma enquanto nós não tivermos acesso ao inquérito", afirmou Firpe à Folha.

Oliveira confirmou à Folha que orientou Santos a não prestar depoimento e não ceder material genético. "Não é possível enquanto eu não tiver acesso ao inquérito. A defesa está de mãos atadas", disse o advogado.

Firpe afirmou que conversou com Bruno na madrugada de hoje e que ele nega as acusações. "Eu fiz duas perguntas básicas para ele: se ele matou a Eliza e se ele teve participação de alguma forma com o crime. Ele respondeu não", disse.

Ele também afirmou que é "flamenguista roxo" e que, depois de conversar com o Bruno sobre o caso, pediu um autógrafo para o goleiro. "Sou fã dele", disse o advogado.

A assessoria do delegado do DIHPP informou que os advogados não tiveram acesso ao processo ontem porque a presidente do inquérito, delegada da Divisão de Homicídios, Alessandra Wilke, estava no Rio de Janeiro acompanhando a transferência de Bruno e Macarrão. Ela que poderia autorizar a cópia do inquérito.

INVESTIGAÇÕES

Nesta sexta, o Corpo de Bombeiros retomou as buscas pelo corpo de Eliza, ex-amante de Bruno desaparecida há cerca de um mês, no sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG), e nas proximidades da residência. Ao todo, quatro equipes estavam no local por volta das 10h. Em depoimento, dois suspeitos afirmaram que Eliza está morta.

O Instituto de Criminalística faz ainda a análises do Ecosport que supostamente foi usado para levar Eliza para a casa onde ela teria sido assassinada. Também será analisado um Citröen que pertence a Bola, em que a polícia encontrou marcas que seriam de sangue.

A Polícia Civil de Minas apresentou hoje o computador de Eliza, cedido por uma amiga, que também deve ser periciado em busca de dados que possam esclarecer o desaparecimento da jovem.

Ainda segundo Firpe, um pedido de habeas corpus a favor do jogador, sua mulher e outro três suspeitos, que estão foragidos --Elenilson Vitor da Silva, Wemerson Marques de Souza e Flávia Caetano de Araujo--, será encaminhado para a Justiça até segunda-feira.

Outras oito pessoas --incluindo um adolescente de 17 anos-- também são suspeitos de participar do crime. Três estão foragidos. 






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