Jayme Campos pede criação de Ministério da Segurança

O senador Jayme Campos (DEM) defendeu ontem a criação do Ministério da Segurança Pública. A ideia é uma das principais propostas de campanha do candidato tucano à Presidência da República, José Serra. O senador também cobrou mais rigor no combate ao crime organizado.

O democrata, coordenador da campanha de Serra no Centro-Oeste, iniciou também uma estratégia de ampliar os compromissos do presidenciável.

O senador entende que os narcotraficantes só serão derrotados se o Estado brasileiro usar técnicas e armamentos modernos. Diante deste entendimento, o senador democrata apoiou a proposta de Serra para criar um organismo federal para a área de segurança pública. Segundo ele, só um ministério terá condições de articular todos os órgãos de combate ao crime organizado.

“Não estamos falando de conter brigas de vizinho; estamos falando do crime organizado, que tem armas muitas vezes superiores às da própria polícia. O narcotráfico tem dimensão internacional e, por isso, precisamos de um sistema permanente de perseguição aos criminosos, com helicópteros, aviões, barcos, veículos possantes... Temos de monitorar nossos milhares de quilômetros de fronteiras”, ponderou o senador, conforme a assessoria de imprensa.

Jayme Campos observou que o narcotráfico estendeu seus braços por todo o país, informando que, em menos 12 horas, três pessoas foram assassinadas pelos traficantes de drogas na Grande Cuiabá. Para ele, o narcotráfico vem se transformando em "um verdadeiro Estado à parte, onde o terror, o vício e a insegurança são as principais moedas deste território do pavor".

O senador Arthur Virgílio (PSDB/AM) elogiou o discurso de seu colega mato-grossense. Já o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) observou que nossas polícias, além de receberem baixo salário, não têm equipamentos eficientes, se deslocam em carros velhos e não têm condições de investigar.

“Assim, os criminosos não são presos, não são julgados e, no final, há impunidade, e ela é um verdadeiro incentivo ao crime”, disse Crivella. (Assessoria com Agência Senado)