A polícia suspeita que o assassinato da universitária Thaila Tidei, 25, no domingo (27), foi o desfecho de confusão iniciada numa casa noturna de Perdizes (zona oeste de São Paulo).

Acompanhada do marido e de uma prima, de 17 anos, Thaila participou de festa na madrugada de domingo no Espaço Santa Clara.

Na festa, segundo investiga a polícia, o marido de Thaila, cujo o nome a Folha não revela por questões de segurança, discutiu com outros homens que assediaram amiga do casal. Seguranças contiveram os empurrões.

Por volta das 4h de domingo, o marido de Thaila impediu duas mulheres de furarem a fila para pagar e outra confusão teve início.

Ao sair da casa noturna, o rapaz foi alertado por um segurança para tomar cuidado com as pessoas com quem havia discutido "porque elas eram perigosas". Não ficou claro a qual grupo se referia.

Depois de percorrerem 6,5 quilômetros entre Perdizes e a Casa Verde (zona norte), onde o casal vivia, os três foram baleados por homem que, segundo o rapaz, desceu de uma BMW escura.

Foram disparados dez tiros. Quatro acertaram Thaila; três, o marido dela; um, a prima do casal; e dois atingiram o portão da casa deles.

Baleado na cabeça, o marido de Thaila, também universitário, está internado em estado grave. Ele só ficou sabendo ontem da morte da mulher. Ferida na perna, a adolescente passa bem.

Thaila e o marido estavam casados havia nove meses. Ela cursava o último semestre de gestão comercial.

O advogado Richard Monteiro, representante do Espaço Santa Clara, disse que os responsáveis pela casa noturna não têm conhecimento de nenhuma briga dentro do lugar na madrugada de sábado para domingo.

O delegado Renato Fernandes, do 13º Distrito Policial (Casa Verde), confirmou ontem que investiga as brigas ocorridas no Espaço Santa Clara como possível motivação para o crime.