A mãe da criança vai responder por ato infracional já que é menor de idade.
Três pessoas são indiciadas por ocultação de cadáver de recém-nascida
Três pessoas foram indiciadas e uma responderá por ato infracional pela morte de uma criança recém-nascida e enterrada horas depois do nascimento pela própria mãe, uma adolescente de 17 anos, na comunidade de Mutuca, zona rural de Nossa Senhora Livramento (42 km da capital).
De acordo com a Policia Civil, responsável pelas investigações, foram indiciados o pai da menor, Arlindo Martins dos Santos (43), a tia, Camila Antônia Pinto dos Santos (39) e a irmã mais velha da adolescente, Angélica Pinto dos Santos (19). Os três acusados vão responder por ocultação de cadáver e a mãe da criança será responsabilizada em ato infracional de infanticídio, já que é menor de idade.
O crime aconteceu no dia 13 deste mês e dois dias depois, 15 de junho, o caso chegou à polícia. Segundo as investigações, a adolescente D.P.S, 17 anos, deu à luz uma menina na tarde do dia 13 de junho. Ela contou que a criança nasceu de parto natural ocorrido no meio do mato, próximo à casa da família e que estava com quase nove meses de gestação. Disse também que a criança começou a chorar e teria colocado um pedaço de pano em sua boca para abafar o choro. A recém-nascida morreu asfixiada e cerca de 4 a 5 horas depois foi enterrada no meio do mato.
A menor contou também que seu pai não sabia que ela estava grávida e que teria escondido a gestão por medo. Achava que ele não lhe daria apoio e nem suporte na criação da filha, já que este seria seu segundo filho.
O namorado da adolescente foi localizado e prestou declaração à polícia. A menor isentou o namorado de qualquer responsabilidade na morte da criança. Disse que agiu de forma voluntária e que teve ajuda dos familiares apenas para esconder o corpo.
O delegado Adalberto Antonio de Oliveira informou que a mãe poderá pegar pena socioeducativa de internação. Segundo ele, o inquérito policial de ocultação de cadáver e o ato infracional da menor aguardam o recebimento dos laudos de necropsia e local de crime para serem encaminhados à Justiça.
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