Onze soldados turcos morreram neste sábado em dois ataques de rebeldes curdos, os mais intensos dos últimos dois anos, provocando uma resposta aérea da aviação turca contra os esconderijos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), no norte do Iraque, deixando outros 12 mortos.

Um primeiro ataque foi praticado por um grupo de rebeldes curdos na noite de sexta-feira contra um posto militar próximo a Semdinli, no extremo sudeste da Turquia, na fronteira iraquiana, matando oito soldados e ferindo 14, segundo um comunicado do Exército.

Um dos feridos morreu no hospital, elevando o balanço para nove mortos, segundo a agência Anatólia.

Esse registro aumentou durante o dia, quando dois soldados turcos morreram e outros dois ficaram feridos na explosão de uma mina na mesma região, afirmou uma fonte da segurança local que pediu para não ser identificada.

Os soldados que participaram das operações para capturar os rebeldes na fronteira iraquiana morreram após a explosão de uma mina ativada por controle remoto por guerrilheiros curdos, informou a fonte.

O PKK realiza diversos ataques com minas terrestres contra as forças armadas e contra os civis suspeitos de trabalhar para elas.

Outro ataque do grupo de rebeldes ocorreu nas primeiras horas de sábado, também perto de Semdinli, segundo um comunicado publicado na internet.

O PKK reivindicou a autoria dos ataques.

Na resposta dos militares, apoiados por helicópteros, morreram 12 rebeldes, indica o documento.

Caças turcos bombardearam posteriormente diversas posições do PKK no norte do Iraque, onde essa organização, considerada terrorista por Turquia e diversos países, possui bases de retaguarda, segundo a mesma fonte.

O conflito curdo na Turquia já custou a vida de mais de 45.000 pessoas, segundo o exército.