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Politica MT
Quarta - 16 de Junho de 2010 às 04:41
Por: Ana Rosa Fagundes

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A Assembleia Legislativa realiza amanhã, às 9 horas, uma audiência pública para debater os efeitos, resultados e custos financeiros das operações realizadas pela Polícia Federal.

A reação às operações da PF veio depois da operação Jurupari, que decretou a prisão de quase 100 pessoas, incluindo a esposa, irmão e genro do deputado José Riva (PP). Além deles, também foram presos o então chefe de gabinete do governador Silval Barbosa (PMDB) e também servidores do alto escalão da Secretaria de Meio Ambiente. A operação investiga crimes ambientais.

Diante do escândalo, uma nova polêmica em cena: o deputado federal Pedro Henry (PP) encampou uma cruzada para provar que o juiz federal Julier Sebastião da Silva e o procurador do Ministério Público Federal, Mário Lucio Avelar, estão tomando “decisões políticas” para prejudicar políticos de Mato Grosso e privilegiar o ex-procurador Pedro Taques (PP). Este pediu exoneração do cargo para ser candidato ao Senado federal.

Segundo o requerimento de criação da audiência, que foi assinado por lideranças partidárias, “a organização de nossa Justiça tem recebido em seu seio figuras que lembram a Rainha de Copas, de Alice no país das maravilhas, que sentencia que sejam cortadas as cabeças de tudo e todos, sob qualquer pretexto”.

No requerimento, as operações questionadas são justamente as que têm, de alguma maneira, envolvimento de políticos, como Pacenas, Curupira, Hygeia e Jurupari.

A operação Pacenas, deflagrada em agosto do ano passado, investigou fraudes no processo de licitação das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de Cuiabá e Várzea Grande.

Já a operação Hygeia, desencadeada este ano, apontou um esquema de desvio de dinheiro da Funasa. Servidores, empresários e agentes políticos ligados ao deputado Carlos Bezerra (PMDB) foram presos temporariamente.

Na operação Curupira, realizada em 2005, tal como na operação Jurupari, crimes ambientais foram investigados, e o então presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fema), Moacir Pires, foi preso. Depois do escândalo, o governo extinguiu a Fema e criou a Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Mas, mais uma vez, um ex-secretário do órgão foi preso.

Parlamentares querem saber os resultados de todas essas operações. “Todos temos acompanhado, ao longo dos anos, as operações da Polícia Federal, com nomes criativos e recheadas de cenas cinematográficas, em um verdadeiro show pirotécnico”, diz um trecho do documento.

Representantes da Justiça Federal, Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF), Secretaria de Justiça (Sejusp) e governo do Estado foram convidados para participar da audiência.






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