Feira em Itaetê (BA) leva clima junino e de assentamentos para a cidade

A Feira da Agricultura Familiar do município Itaetê, Território da Cidadania da Chapada Diamantina (BA), começa nesta sexta-feira, 11, e encerra neste sábado, 12. Participam do evento 12 assentamentos, sendo dez do próprio município e dois do município de Iramaia. A feira, organizada pelos técnicos da Assessoria Técnica, Social e Ambiental (Ates), ocorre na Praça da Feira, das 8h às 18h.

Em clima junino, os assentados estão expondo iguarias típicas das festas de São João, tais como bolos, amendoim, laranja, licores e produtos derivados do milho e do aipim. Além disso, há toldos com o artesanato local, feito com palha de licori (palma típica da vegetação da região). Só nesta sexta-feira, 11, já passaram pelas barracas cerca de 500 pessoas, entre a população local e os turistas que visitam a região.

A ideia dos organizadores foi a de manter o sistema de feira livre. Os toldos para cada assentamento permitem que os agricultores mostrem seus produtos e possam agregar a mesma simplicidade do campo à feira de Itaetê.

De acordo com o técnico de Ates do Incra/BA, Henrique Andrade, a feira foi planejada para oportunizar aos assentados mostrar seus produtos à população da região. “Identificamos que é essencial que os assentados tenham um espaço para que possam expor suas atividades. Ainda mais nesse período em que as safras são abundantes”, explica o técnico de Ates.

Cooperação

Além da participação dos técnicos de Ates, a feira se tornou viável graças às parcerias com o escritório da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), ligada ao Governo do Estado, e da Cooperativa Regional da Reforma Agrária da Chapada Diamantina.

Além das barracas dos expositores, há estandes onde os agricultores dos assentamentos podem tirar suas dúvidas sobre o Programa de Ates na Bahia. Outro estante apresenta a cadeia produtiva da mamona, principal produto da Chapada Diamantina, voltado para o biodiesel.

O estande do Instituto de Gestão de Águas e Clima (Inga) também apresenta o projeto de recuperação de matas ciliares da Bacia do Rio Paraguaçu. “A feira é uma oportunidade para expor e aprender novas técnicas e ter novas oportunidades nos estandes institucionais”, completa Henrique.