A moeda americana encerrou o mês mais cara, num pregão perturbado não somente pela paralisação dos negócios da BM&F como pelo vencimento da Ptax, a taxa média de câmbio.

No mês, a cotação do dólar subiu 4,77%. No ano, a valorização é de 4,59%.

Hoje, o dólar comercial encerrou o expediente sendo vendido por R$ 1,821, o que representa um avanço de 0,60% sobre o fechamento da semana passada. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,823 e R$ 1,805. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo subiu 0,54%, atingindo R$ 1,940.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) valoriza 0,93%, aos 62.520 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,80 bilhões. As Bolsas americanas não operam hoje ("Memorial Day").

Entre 10h e 11h, problemas no sistema de negociação interromperam os negócios da BM&F, onde são negociados os contratos futuros de dólar (para entrega em 30 dias ou mais) bem como uma parcela importante do segmento de câmbio à vista (operações com liquidação em dois dias úteis).

É justamente pela manhã que o BC calcula a notória Ptax, a taxa que vai servir de referência para liquidação dos contratos futuros negociados da BM&F, considerando o valor formado no último dia útil do mês.

Desde quinta-feira, profissionais de mercado já notavam uma volatilidade atípica nos negócios com a moeda americana, por conta dessa "efeméride". Perto do final de mês, agentes financeiros que possuem aplicações no mercado futuro de moeda atuam no segmento à vista para influenciar a formação dos preços, conforme ganhem com a alta (os "comprados") ou a baixa (os "vendidos").

Juros futuros

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas recuaram nos contratos de 2011 e 2012.

Pela primeira vez em 18 semanas, o boletim Focus, elaborado a partir das projeções de uma centena de instituições financeiras, manteva a previsão da semana anterior para o IPCA de 2010: 5,67%.

No contrato para outubro de 2010, a taxa prevista avançou de 10,57% ao ano para 10,58%; no contrato para janeiro de 2011, a taxa projetada cedeu de 10,98% para 10,96%; e no contrato para janeiro de 2012, a taxa prevista recuou de 12,04% para 11,98%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.