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Economia
Segunda - 31 de Maio de 2010 às 14:32

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O Diário Oficial da União, em edição extraordinária, publica nesta segunda-feira (31) mais um corte de R$ 7,488 bilhões nas despesas não obrigatórias do Orçamento da União. Mais de R$ 125 milhões são cortes dos poderes Judiciário, Legislativo e do Ministério Público Federal, que ainda serão publicados. Com essa elevação, o total  de despesas congeladas pelo governo chega R$ 28,948 bilhões neste ano.

Há ainda R$ 2,4 bilhões em despesas obrigatórias que fazem parte do esforço do governo para manter o crescimento da economia de forma sustentável - sem provocar inflação. No total, o corte é de aproximadamente R$ 10 bilhões em despesas primárias. Esse bloqueio foi anunciado no dia 13 de maio pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo. A medida total elevou para quase R$ 32 bilhões o corte de verbas neste ano.

Esse é mais um instrumento usado pelo governo para manter a inflação dentro da meta, em momento de aquecimento da economia. A meta de inflação é de 4,5%, podendo variar dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Outro instrumento para conter a demanda vem sendo utilizado pelo Banco Central, que em abril elevou a taxa básica de juros de 8,75% ao ano para 9,50% ao ano.

Ao anunciar os cortes, tanto Paulo Bernardo quanto Guido Mantega garantiram que os investimentos e os programas sociais serão mantidos. O governo defende que é absolutamente normal que o Estado tenha papel cíclico ou anticíclico [estimular a economia com injeção de recursos e aumento de investimentos, por exemplo, para equilibrar a economia].

A avaliação do governo é que no primeiro trimestre do ano a economia cresceu muito porque ainda estavam em vigor todos os incentivos do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) concedidos ao setor automotivo e aos eletrodomésticos da linha branca.
 
Agora, a percepção é que o segundo trimestre não será parecido e tão aquecido. Para o primeiro trimestre, a estimativa de crescimento é entre 2% e 2,5%, que anualizado chega a 8% a 10%. A ordem é agir com cautela e, por enquanto, não se fala em mexer na meta de superávit primário (economia do governo para pagar os juros da dívida) deste ano, de 3,3% do PIB (Produto Interno Bruto).





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