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Politica MT
Terça - 18 de Maio de 2010 às 00:02
Por: Romilson Dourado

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O presidente do sindicato dos Policiais Rodoviários do Estado, Paulo Vinícius Barros de Assis, denunciou perseguição dentro da corporação, desencadeada pelo superintendente Clarindo Ferreira da Silva. Em ofício entregue pessoalmente à senadora Serys Marly, ele enfatiza, como exemplo, um caso envolvendo o servidor policial Christian de Arruda Garcia. De acordo com relato de Paulao Vinícius, a direção da PRF no Estado abriu processo administrativo disciplinar contra o servidor policial e tomou uma decisão classificada como “injusta, arbitrária e parcial”. A entidade diz no documento repudiar “atitudes dessa natureza” e reclama que não se cumpriu o devido processo legal, não se respeitando o contraditório e o direito da ampla defesa. A direção pediu a demissão do policial.

O sindicato alega que não há provas concretas, robustas e substanciais para que a Superintendência da PRF optasse pela demissão do servidor. Vinícius sustenta que o policial “sempre primou pela boa condução, com reputação ilibada, sem antecedentes administrativos ou criminais em 16 anos de atual”. Na semana passada, a senadora enviou um ofício ao ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, pedindo a apuração de um suposto caso de perseguição política contra o inspetor Fernando Roberto de Souza, chefe da Delegacia da PRF de Rondonópolis. Fernando era um dos nomes cotados para assumir o cargo de superintendente. Militante do PT, ele apoiou Serys nas prévias que o partido realizou em abril, quando a senadora saiu derrotada por Carlos Abicalil, que agora concorrerá ao Senado.

Fernando Roberto está há 16 anos na PRF, dos quais 10 na função de gestor. Ele assumiu a chefia de Núcleo Operacional de Rondonópolis em 2000 e ficou até meados de 2003, quando foi nomeado chefe da 2ª Delegacia PRF de Rondonópolis. Serys se articula para emplacar Fernando no cargo de Clarindo Ferreira. A indicação contava inclusive com o apoio do ex-governador Blairo Maggi.

Outro policial que se diz perseguido pelo dirigente foi José Antônio Medeiros, filiado ao PPS e pré-candidato a deputado federal. Seu nome também era cotado para suplência do ex-procurador da República Pedro Taques, pré-candidato ao Senado pelo PDT. “Quer me parecer que existe realmente um esquema pesado dentro da PRF destinado a perseguir aqueles que se posicionam politicamente. Essa situação precisa ser investigada e aprofundada pela direção da PRF em Brasília”, reage a senadora, ao lamentar que o tom sombrio das ameaças e da imposição do medo ainda sejam práticas conservadas em repartições públicas. “É lamentável que a política do cargo ainda se faça prevalecer. Mas tenho certo de que vamos vencer isso também”.

Serys já havia enviado requerimento para a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado pedindo o depoimento do superintendente da PRF de Mato Grosso. Ela pediu que o superintendente esclareça a atuação da PRF no Estado nas atividades de fiscalização e repressão a crimes e também sobre sua atuação em questões envolvendo policiais rodoviários de Rondonópolis. O requerimento depende agora da aprovação da Comissão. (Com Assessoria)





Fonte: RD News

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