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Saúde
Sexta - 14 de Maio de 2010 às 11:15

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Toda cirurgia engloba riscos, e alguns deles estão relacionados à anestesia. Ainda que seja um procedimento bastante seguro, há sempre uma pequena chance de acontecerem intercorrências. No entanto, muitas delas podem ser prevenidas por meio de uma consulta prévia com o médico anestesiologista e realização de exames pré-operatórios.

Esta consulta faz parte de uma normatização do Conselho Federal de Medicina (CFM), de 2006, que tornou obrigatória a avaliação pré-anestésica antes de qualquer procedimento cirúrgico eletivo.

“A necessidade de regulamentar a realização da avaliação pré-anestésica surgiu como mecanismo para garantir maior conforto e tranquilidade ao paciente que será anestesiado e também para melhor planejamento anestésico, conferindo mais segurança ao anestesiologista”, explica dr. Fernando Martins, 2º Tesoureiro da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP).

Segundo o especialista, durante esta avaliação, é possível ao médico obter informações sobre doenças prévias e respectivos tratamentos pelos quais o paciente já passou, características individuais que podem influenciar o manejo anestesiológico durante a anestesia e até mesmo prever eventuais dificuldades.

“A avaliação pode ser feita durante uma consulta pré-anestésica, na qual o paciente responderá perguntas relacionadas às medicações utilizadas, uso de drogas e alergias que possa ter, além de passar por exame físico”, explica.

Se o anestesiologista julgar necessário, exames complementares, como de sangue e de imagem poderão ser solicitados, adianta dr. Fernando. “Caso o paciente tenha outros exames anteriores, o ideal seria levá-los ao consultório para servir como parâmetro de comparação em relação aos exames recentes”. 

No caso de crianças, são importantes também informações sobre as condições da gestação e do nascimento, além do desenvolvimento intelectual e psico-motor.

Mais informação, mais segurança

“Quando não havia avaliação pré-anestésica, o contato do paciente com o anestesiologista acontecia somente momentos antes da cirurgia. Essa falta de relacionamento gerava insegurança em ambas as partes. Hoje, após a lei, um elo de confiança entre o paciente e o anestesiologista foi tecido, qualificando o serviço prestado e valorizando o papel do profissional”, valoriza dr. Fernando.

Por este motivo, o anestesiologista orienta que todos os pacientes com cirurgia agendada sejam avaliados pelo anestesiologista, preferencialmente em consultório ou, se não for possível, logo após a internação hospitalar, antes da cirurgia.

“Em caso de cirurgia de emergência, a obrigatoriedade da avaliação pré-anestésica é revogada, pois há necessidade de intervenção operatória imediata. Contudo, mesmo nos casos de urgência, se houver tempo hábil, por menor que seja, o anestesiologista deve tentar obter o maior número de informações possíveis sobre o paciente, por meio da família ou de acompanhante”, alerta.






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