Safrinha segue indefinida em Mato Grosso, aponta Imea
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) em seu novo boletim semanal traz uma indagação: “Qual o tamanho da safrinha mato-grossense de milho?”. A estiagem do mês de abril trouxe impactos à produção, já que o próprio Instituto revisou para baixo a estimativa que cedeu lugar à projeção de 9,55 milhões de toneladas, para 8,73 milhões de t.
De qualquer forma, mantendo-se os números atuais a safrinha, ainda será a maior da história estadual, ao superar o recorde da temporada passada em 2,7%. Avaliando a diferença entre as estatísticas, a queda se aproxima de 9%, de maço para abril.
Após uma safrinha quase perfeita em 2009, como cita o Boletim, os produtores estão apreensivos com os impactos da estiagem sobre a produtividade.
Nesta semana passada – quando o Imea apurou os dados – as chuvas pontuais caíram ao longo da BR-163, região do médio norte do Estado responsável por mais de 48% da produção do grão. Em Sorriso e Lucas do Rio Verde, por exemplo, o acumulado para o mês de abril foi de 7,3 mm contra 138 mm de média, segundo a Somar Meteorologia.
No sul de Mato Grosso, a situação é um pouco menos grave, embora as chuvas também tenham sido esparsas e em volumes diversos. Em Itiquira, após 15 dias de seca, choveu em 60% da área entre 10 mm e 70 mm. Em Campo Verde os 40 dias de estiagem tiveram fim com a chuva de 100 mm da semana passada.
Entretanto, a parte do Estado mais afetada pela irregularidade das chuvas foi a região oeste: em Sapezal choveu 71 mm em abril, segundo o Sindicato Rural, o que é 38% menor que os 114 mm em abril/09. “A questão é até que ponto estas precipitações ainda ajudarão no desenvolvimento do cereal ou qual o percentual que se salvou. Esta resposta começará a ser dimensionada no início de junho, quando a colheita deve se iniciar no Estado”.
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