Beneficiado por decisão do STJ, casal gay diz que lutou pelos filhos
"[Foi pela] seguridade deles. Não foi para levantar bandeira nenhuma nem para aparecer. O que a gente quer é a felicidade deles", afirmou, em entrevista à Folha, por telefone.
"Esse tipo de família existe, não adianta ter hipocrisia de dizer que uma família é só com pai e mãe", disse.
Os ministros da 4ª Turma analisaram o pedido de Maidana e Guterres --juntas desde 1998--, de Bagé (RS), que solicitaram o reconhecimento da adoção das duas crianças. A intenção era dar às crianças benefícios como plano de saúde e futura pensão.
Apesar de o julgamento ter tratado de um caso específico, ele deve influenciar futuras decisões sobre o tema, segundo o presidente da Turma, João Otávio de Noronha. É a primeira vez que um tribunal superior reconhece o direito. "Precisamos afirmar que essa decisão é orientação para que (...) sempre seja atendido o interesse do menor, que é o de ser adotado", atestou Noronha.
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