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Quarta - 28 de Abril de 2010 às 00:01
Por: Romilson Dourado

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O prefeito Clovis Martins (PTB) é cassado de novo
O prefeito Clovis Martins (PTB) é cassado de novo

O prefeito poconeano Clovis Damião Martins (PTB) e a vice Nilce Meire Rodrigues Leite (PT) estão cassados pela segunda vez. O martelo da Justiça Eleitoral caiu sobre a cabeça deles em sessão do Pleno do TRE nesta terça à noite.

Agora, vai assumir o comando do município o presidente da Câmara Municipal, vereador Nei Rondon, do mesmo PTB de Clovis, para mandato tampão. Ele vai continuar no cargo até a realização da eleição suplementar. Enquanto isso, passa a presidir a Mesa Diretora do Legislativo o pedetista Rodemilson Barros. Clovis deve voltar à ativa como fiscal de tributos do Estado.

Por 4 a 2, os juízes-membros do Pleno entenderam que, de fato, Clovis cometeu abuso de poder econômico. Ele comprovou voto na base da oferta de emprego na prefeitura. O petebista que havia conseguido a reeleição sobre Euclides Santos (ex-PMDB e hoje no PSDB), foi cassado em junho do ano passado pelo juiz da 4ª Zona Eleitoral de Poconé, Edson Dias Reis. Ele recorreu e, poucos dias depois, conquistou liminar para reassumir o posto. Agora, no julgamento do mérito, foi derrotado de vez. O parecer do relator Samir Hammoud foi pelo provimento do recurso. Acompanhou a relatoria Eduardo Jacob. Já os membros do Pleno César Augusto Bearsi, Sebastião de Arruda Almeida, Jorge Luiz Tadeu Rodrigues e Rui Ramos Ribeiro, negaram provimento.

A situação jurídica de Clovis se complicou por causa da comprovação de compra de voto e de uso da máquina em campanha. Um dos casos concretos diz respeito a duas eleitoras, sendo elas Luzinete Pereira Leite e sua filha Gysele Caroline Leite Silva. Na pré-campanha, o petebista foi à residência e pediu apoio da família. Luzinete disse que a filha estava desempregada e, Clovis, prontamente, adiantou que iria contratá-la como DAS da prefeitura. Assim o fez. Durante a campanha voltou à residência da família para ter segurança do voto e ficou surpreso quando a mãe da servidora contratada declarou que não iria votar no prefeito petebista.

Na bronca, Clovis determinou a exoneração. Foi o bastante para a demissionária procurar o Ministério Público e denunciar o esquema. Essa denúncia serviu de prova cabal para o juiz Edson Dias decretar a perda do mandato de Clovis, que se reelegeu com 9.323 votos. O prefeito cassado ainda foi multado em R$ 5,3 mil. Em juízo, o petebista alegou que a denúncia não passa de armação política de pessoas que apoiaram seu adversário Euclides.

Clovis ganhou a reeleição por uma diferença de 726 votos. Euclides obteve 8.597 votos. Nas eleições de 2004, Euclides era prefeito e acabou derrotado por Clovis por menos de 100 votos. Agora, o secretário de Infraestrutura do prefeito cuiabano Chico Galindo pode se animar para entrar no páreo novamente. Enquanto Clovis buscará reverter a situação no âmbito do TSE, Poconé ficará sob comando do petebista Nei Rondon.





Fonte: RD News

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