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Sábado - 24 de Abril de 2010 às 17:59
Por: Eduardo Cruz

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O ex-Prefeito foi chamado a subir à tribuna para se defender e tentar justificar suas falhas, nas quais é reincidente
O ex-Prefeito foi chamado a subir à tribuna para se defender e tentar justificar suas falhas, nas quais é reincidente

Em agitada e concorrida sessão, a Câmara Municipal de Alto Paraguai reprovou as contas da gestão do ex-Prefeito Umbelino referentes ao exercício de 2008. Elas já haviam sido rejeitadas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), que detectou 15 irregularidades, das quais nove graves e duas gravíssimas, conforme consta nos autos do Processo nº 7329/2009, tramitado naquela Corte.

Após a leitura do relatório, o ex-Prefeito foi chamado a subir à tribuna para se defender e tentar justificar suas falhas, nas quais é reincidente. “Convido o Prefeito Umbelino a fazer uso da palavra”, conclamou o Presidente da Câmara, vereador Tuchinha. Uma velhinha lá no fundo gritou: “Prefeito não! Ex-Prefeito!”. Com um copo d’água ao lado, Umbelino disse que vê as 15 falhas apontadas pelo TCE “com muita tranqüilidade” e as atribuiu à sua “falta de experiência e de bons relacionamentos”. “Ao contrário de outros prefeitos, não fui embora de Alto Paraguai após perder meu mandato”, argumentou. Alegou ainda que seus erros não provocaram prejuízo aos cofres públicos e recordou haver parcelado as dívidas judiciais da Prefeitura durante sua gestão, o que teria limpado o terreno para a administração seguinte. “Minha equipe era pequena, não dava conta de todos esses detalhes pedidos pelo Tribunal”, lamentou Umbelino. Ele descreveu a si próprio como “uma mistura de Mike Tyson com Hollyfield” e fez uma mea-culpa por ter atrasado o salário de seu vice, Valdomiro, por 24 meses. “Mas no final paguei tudo”, assinalou. Por fim, criticou os critérios de avaliação de despesas usados pela Justiça e tentou emparedar o plenário, argumentando que “esta Casa já aprovou contas piores”.

Não adiantou. Tanto a Comissão de Justiça e Redação como a Comissão de Finanças e Orçamento emitiram parecer contrário à aprovação das contas, sendo que a primeira recomendou o “envio de cópia do relatório ao Ministério Público, para a adoção das medidas judiciais cabíveis, caso fique comprovada a prática de improbidade administrativa”. Um a um, os vereadores se pronunciaram e votaram, a maioria pela reprovação. Ao lado do Ex-Prefeito se perfilaram apenas Xisto, Ivo Ramos e Julio Magalhães. Os discursos foram proferidos na presença de um auditório lotado e mais de uma vez o Presidente da Casa, vereador Tuchinha, teve que pedir ordem no recinto, ante a algazarra promovida pelo povão. Foi certamente a sessão mais concorrida desse ano.






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