A balsa que está paralisada interliga São José do Xingu a vários municípios de Mato Grosso e do Pará
Índios da região norte mantém a paralisação na travessia do Rio Xingu
Indignados com o leilão da usina de Belo Monte, lideranças indígenas do Xingu, em Mato Grosso, paralisaram desde ontem, quinta-feira (22), a travessia da balsa no Rio Xingu que é operada pelos índios. Por dia, cerca de 60 caminhões, 30 veículos de passeio e ônibus usam os serviços da embarcação.
Segundo o cacique kaiapó, Megaron Txucarramãe, além da preocupação com os prejuízos ambientais que devem ocorrer caso a usina seja realmente construída, os índios também já estão receosos com a viabilização do projeto de construção do complexo de hidrelétricas previsto no Rio Xingu.
Esta é a segunda vez que os kaiapós decidem parar os serviços de travessia da balsa no Rio Xingu em protesto contra a construção da usina de Belo Monte, em Altamira no Pará. A primeira aconteceu em 2009.
A manifestação reuniu, durante seis dias, lideranças das 15 etnias que moram no Parque do Xingu, e cerca de 300 pessoas. O movimento foi liderado pelo cacique Raoni Metuktire, que também está presente na manifestação atual.
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