Adolescentes iniciam 2 motins e PM é acionada

Quinze internos iniciaram 2 motins no Centro Socioeducativo de Cuiabá. O primeiro aconteceu ao retornarem da recreação na quadra esportiva, quando eles bateram nas grades do corredor e queimaram colchões e toalhas. A Polícia Militar (PM) e o Corpo de Bombeiros foram chamados ao local. A segunda revolta envolveu outros 3 internos que se recusaram a voltar para o quarto e ameaçaram um agente da instituição com uma faca artesanal.

As 2 revoltas aconteceram no feriado de quarta-feira (21) e envolveram adolescentes da unidade de internação masculina. Segundo informações da diretora do centro, Vilma de Oliveira, o primeiro motim aconteceu por volta das 16h, quando 8 dos 12 garotos retornavam para a ala 2. "Quatro internos não puderam ir para a quadra por causa de uma punição. Quando os 8 adolescentes voltaram, se juntaram aos 4 que não saíram e começou o motim. Eles não pediram nada, não queriam nada".

Oliveira afirmou que não foi usada força física para acalmar os jovens, apesar de ter contado com o apoio da PM, que conversou com os internos e acabou com a revolta. Os bombeiros foram acionados para controlar o fogo.

O outro tumulto aconteceu no mesmo dia, mas, de acordo com Oliveira, envolveu um interno. Após o jantar, o adolescente ameaçou um agente e se recusou a voltar ao quarto. A diretora disse que não houve refém.

Entretanto, o boletim de ocorrência registrado no Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do Planalto aponta que na revolta noturna haviam 3 internos (2 acusados de estupro e 1 por roubo), que renderam um monitor no refeitório e mantiveram ele como refém por 40 minutos com um chuço.

Ainda segundo o BO, depois dos policiais negociarem com os internos, o monitor foi liberado.

A diretora da unidade se reuniu na tarde de ontem com os educadores para apurar mais detalhes sobre os 2 ocorridos. Após a oitiva, um relatório será encaminhado à Justiça.

O centro conta atualmente com 157 internos da unidade masculina, 8 da feminina e 32 na ala provisória (aguardando julgamento).