Treze marcas de feijão são reprovadas por teste
Análises do órgão de defesa do consumidor Pro-Teste em 25 marcas mostraram que treze das empresas pesquisadas apresentaram problemas, como presença de grãos imperfeitos e até insetos vivos dentro das embalagens.
Três marcas informaram uma indicação extinta há dois anos pelo Ministério da Agricultura. O órgão define como tipo 1 o produto de melhor qualidade, com grãos perfeitos e quase sem impurezas. Já o tipo 2 pode conter poucos grãos mofados, ardidos (fermentados), carunchados (com ovos ou perfurações de lagartas) ou quebrados ou sem casca.
A dica da entidade é conferir a uniformidade dos grãos ainda na loja. Quanto mais "coloridos", maior a chance de ter defeitos. Quem comprou o produto e viu grãos suspeitos pode levar à loja para tentar trocá-lo. Também deve reclamar com o fabricante. Se não for ouvido, é possível recorrer a órgãos de defesa do consumidor, como o Procon.
As marcas "Fritz e Frida", vendida apenas na Região Sul do País, e "Great Value", distribuída pelos supermercados Wal-mart, tiveram a melhor relação entre qualidade e preço. "Kicaldo", "Qualitá", "Camil" e "Caldo Bom" também apresentaram bom desempenho. Já as marcas "Blue Ville", "Nacional" e "Combrasil", foram as piores.
Apesar dos preços do feijão preto acumularem alta de 2,55% no mês, o valor médio caiu no Rio em relação a abril de 2009. A informação é do economista André Braz, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Cada fabricante deu uma explicação justificando o motivo pelo qual seus produtos apresentaram problemas. Para a SLC Alimentos, responsável pela "Namorado", o resultado foi uma "surpresa". Segundo a empresa, outros testes de órgãos como o Inmetro teriam atestado a qualidade da marca. A SLC disse discordar dos resultados e que o manuseio dos pacotes nos pontos de venda pode facilitar a quebra de grãos.
O Walmart, dono das marcas "Nacional" e "Mercadorama", informou que que seus produtos são processados de acordo com os padrões do Ministério da Agricultura. A empresa mandou fazer análises que comprovem a qualidade e a segurança do produto.
O Econ divulgou que, para possíveis melhorias, vai reavaliar seu processo de fabricação.
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