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Internacional
Terça - 20 de Abril de 2010 às 22:13

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O presidente da Conferência Episcopal do Chile, Dom Alejandro Goic Karmelic, pediu nesta terça-feira "perdão em nome da Igreja Católica" às pessoas que foram diretamente afetadas e às comunidades atingidas pelos casos de pedofilia.

"Também analisamos como estes crimes nos desafiam a valorizar ainda mais a fidelidade dos presbíteros e consagrados a sua missão apostólica, os processos de discernimento vocacional, de admissão aos seminários e de acompanhamento espiritual", disse Goic em um comunicado, referindo-se às denúncias de pedofilia feitas contra membros das entidades eclesiásticas do país.

"Não há lugar no sacerdócio para os que abusam de menores, e não há pretexto algum que possa justificar este crime", ressaltou o religioso.

Segundo ele, no Chile atualmente há 20 sacerdotes denunciados por casos de pedofilia. "Há cinco sacerdotes que foram condenados, há cinco cujos processos estão em andamento e há cerca de outras dez acusações, das quais algumas [pessoas] foram absolvidas e outras ainda são investigadas", detalhou.

Ao mesmo tempo, o presidente da Conferência Episcopal Chilena estimulou as vítimas a denunciarem tais violações. "É nosso compromisso velar incessantemente para que estes gravíssimos delitos não se repitam", enfatizou.

Além do Chile, a Igreja Católica enfrenta acusações no Brasil, Estados Unidos, México, França, Alemanha, Reino Unido, Nova Zelândia e Itália, entre outras nações. No final de semana passado, o papa Bento 16 se reuniu com vítimas do crime em Malta.

Na ocasião, ele expressou a "vergonha" perante os episódios e "garantiu que a Igreja está e continuará fazendo tudo o que estiver ao seu alcance para investigar as acusações e entregar à Justiça os responsáveis pelos abusos".

Mais abusos

Também hoje, um bispo alemão, da diocese de Augusta, no sul do país, admitiu ter envolvimento em abusos cometidos contra menores entre os anos de 1975 a 1996, quando era pároco de Schrobenhausen.

Diante de 35 sacerdotes, reunidos no Conselho Presbiterial da diocese de Augusta, o bispo Walter Mixa, acusado de ter maltratado crianças num internato quando era professor e padre, falou sobre o tema.

"É possível que há 20 ou 30 anos tenha ocorrido alguma agressão", declarou Mixa, que também foi acusado de ter utilizado indevidamente, na mesma época, os fundos de uma organização assistencial, segundo apontou o revisor contábil Sebastian Knott.





Fonte: Ansa

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