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Economia
Sexta - 16 de Abril de 2010 às 13:36
Por: Maria Angélica Oliveira

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira (16) que considera um exagero a previsão de crescimento de 7% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano, feita na véspera pelo banco de investimentos JP Morgan.

Em entrevista após o encerramento do Congresso Brasileiro do Aço, em São Paulo, ele disse que esse “exagero de previsão” talvez seja “o desejo de alguns de influenciar em uma elevação dos juros maior do que o necessário”, afirmou. Segundo o ministro, a estimativa é de que a economia brasileira cresça entre 5,5% e 6% este ano.

Sobre a proposta de reajuste para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo, Mantega afirmou que em ano eleitoral, o Congresso quer “fazer bondades”, e que o governo precisa estar atento a isso.

O ministro falava sobre a solidez fiscal da economia brasileira e alertou sobre o risco de se desequilibrar as contas públicas.

“Todo mundo quer fazer bondades, ninguém quer fazer maldades. Então temos que ficar atentos porque a cada dia vejo lá no Congresso que estão eliminar o INSS das aposentadorias. Seriam R$ 11 bilhões de buraco a mais na Previdência, o aumento desmesurado das aposentadorias de quem ganha acima de dois salários mínimos”, disse, acrescentando que tanto a base aliada quanto a oposição querem conceder “benefícios”.

Na semana passada, líderes da Câmara e do Senado chegaram a anunciar um acordo que previa reajuste de 7,7% nas aposentadorias. Já no início da semana, no entanto, membros do governo se posicionavam contra a medida. O próprio ministro afirmou que proporia ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que vetasse qualquer proposta de reajuste aos aposentados que ultrapasse 6,14%.

Mantega contou que tem sido abordado por aposentados em eventos que o questionam sobre a postura do governo em relação ao reajuste. “O governo propôs um aumento para as aposentadorias acima dois salários, que é uma minoria, de 6,14%. Essa é a nossa proposta, mas querem mais. O Congresso quer mais. Então, tendo adotado uma posição de defesa do superávit primário, das contas públicas, porque sabemos as conseqüências de permitir que elas fiquem desequilibradas.”





Fonte: Do G1

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