Xavier interpõe recurso no TRE e tenta impedir posse de Marcrean na Câmara de Cuiabá

A abertura de uma vaga na Câmara de Cuiabá começa a gerar um verdadeiro embate entre os suplentes do PRTB que querem assumir a cadeira deixada pelo vereador Néviton Fagundes, nomeado titular da Secretaria de Esporte e Cidadania da capital. O primeiro suplente Edemir Claudio Xavier ingressou com uma ação com pedido de liminar no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para tomar posse na vaga destinada ao partido, que em tese seria do segundo suplente Marcrean dos Santos Silva.

Xavier obteve 2.887 votos na última eleição, mas foi expulso do PRTB juntamente com outros 10 filiados que teriam envolvimento com venda de apoio ao empresário Mauro Mendes (ex-PR), no segundo turno da eleição de prefeito em Cuiabá, e que agora é pré-candidato ao governo do Estado pelo PSB. O vereador teve o diploma cassado pela juíza da 54ª Zona Eleitoral, Cleuci Terezinha Chagas, em 2 março, e recorreu da decisão.

Dessa forma, o Diretório Municipal do PRTB alega que na ordem sucessória o direito à vaga é de Marcrean. Em entrevista ao Olhar Direto, o dentista Edemir Claudio Xavier se diz legítimo para assumir a cadeira e aguarda a decisão do juíz eleitoral Jorge Tadeu Rodrigues, que poderá acatar o pedido e determinar a posse.

O advogado Agenor Jacomo Clivati Júnior afirma que a expulsão do suplente ocorreu de maneira arbitrária e ilegal, pois a sigla só teria interposto o Pedido de Providencia perante a 54ª Zona Eleitoral requerendo a cassação do diploma oito meses depois da eleição. Argumento ainda que Xavier não poderia sofrer a ação por não estar no cargo de vereador.

O episódio nas eleições de 2008 já levou o PRTB a expulsar 11 filiados que teriam ligação com o esquema. Esse é o caso de Jackson Messias de Souza, Marcionei Curvo de Moraes, Marcelo Pires de Souza, Rômulo Augusto Corrêa da Costa, João Carlos Josetti, José Wagner Coelho, Adalgiso Trindade Dantas, José Pedro Pereira Moura, Fernando Aurélio da Rocha Capilé, Edemir Cláudio Xavier, Gilmar Ferreira da Silva e Fátima Aparecida Jamariquele.

A expulsão se deu porque a legenda apoiou oficialmente a reeleição do ex-prefeito Wilson Santos (PSDB), que renunciou ao mandato para concorrer ao governo. A tendência é que o partido integre o arco de aliança que apoia a o tucano novamente.