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Politica Brasil
Quinta - 15 de Abril de 2010 às 23:30

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Os líderes da oposição acusaram nesta quinta-feira, em plenário, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de agir de "má-fé para ludibriá-los" e conseguir aprovar a indicação de Paulo Rodrigues Vieira para a diretoria da ANA (Agência Nacional de Águas), rejeitada pela Casa no final do ano passado com apoio de governistas.

Sarney colocou a revotação na pauta ontem, a pedido do líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), quando o plenário se preparava para analisar indicações ao STM (Superior Tribunal de Justiça) e ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). Alguns senadores afirmaram que não perceberam a manobra e aprovaram Vieira sem saber.

Os senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM) e José Agripino (DEM-RN) encaminharam à Mesa da Casa recurso para anular a nova votação e afirmaram que entrarão com pedido de mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) para impedir a posse de Vieira se validade da votação for mantida.

A oposição argumenta que o processo já havia sido arquivado e tinha parecer da CCJ (Comissão de Constituição de Justiça) que dizia não haver "previsão legal" para a revotação.

"Foi um golpe não perpetrado nem no tempo do presidente João Batista Figueiredo. O que esse Paulo Vieira tem de tão extraordinário que não pode ser substituído para essa diretoria da ANA depois de ter tido seu nome refugado pela mais alta corte legislativa do país?, questionou o líder tucano Arthur Virgílio.

A assessoria de imprensa de Sarney disse que o senador nega ter agido de má-fé e conversou com os líderes no início da noite de hoje para esclarecer que só colocou o assunto na pauta porque tinha sido informado de que havia acordo para a revotação.

O nome Vieira, que é apoiado pelo deputado cassado José Dirceu e Rosymeire Noronha, amiga de Lula e sua secretária no escritório da Presidência em São Paulo, sofria resistências do então ministro Carlos Minc (Meio Ambiente), que havia escolhido um técnico da ANA para o cargo.

Como a votação em dezembro foi secreta, senadores da base aliada apoiaram a rejeição à indicação, em represália ao embate entre PT e PMDB pela indicação à vice-presidência na chapa de Dilma Rousseff.






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