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Economia
Quinta - 15 de Abril de 2010 às 22:24

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A prorrogação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para materiais de construção vai custar R$ 723 milhões aos cofres públicos, segundo cálculos da Receita Federal.

A conta, que considera o período de julho a dezembro, foi feita com base nos itens que já haviam sido incluídos na lista de redução do governo. Uma possível inclusão de novos produtos produzirá maior dano às receitas.

Segundo a Receita Federal, cabe ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, a decisão de acrescentar itens à lista de redução.

O ministro Guido Mantega anunciou nesta quinta-feira a prorrogação do desconto do IPI para material de construção até 31 de dezembro. A desoneração valeria até 30 de junho.

De acordo com o ministro, a medida é justificada pela forte concentração de encomendas de itens desse setor devido à proximidade do fim da isenção.

Mantega afirmou ainda que essa pressão vem elevando os preços de material de construção. "Existe esse problema. Como a isenção acaba em junho, há uma grande concentração de pedidos no período atual. A compra de material é mais planejada e pode levar mais tempo".

Ele destacou que este é o único incentivo que será mantido até o final do ano. Mantega ressaltou que acredita que a medida vai incentivar os investimentos no setor e que considera os produtos mais um bem de capital do que de consumo.

A medida está em vigor desde abril do ano passado e a maioria dos itens teve a alíquota zerada. Assim como os benefícios para automóveis, eletrodomésticos e móveis, a desoneração para materiais de construção foi uma forma de incentivar o consumo interno e e estimular a produção em meio à crise econômica.

Segundo a Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), em fevereiro, o faturamento total deflacionado das vendas internas dos materiais de construção cresceu 19,01% em relação a fevereiro de 2009.

O resultado acumulado no primeiro bimestre deste ano apresentou crescimento de 16,31% em relação a igual período de 2009. Na comparação com o mês de janeiro deste ano, houve queda de 4,15%. Nos últimos 12 meses houve queda de 7,68%.






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