Inadimplência das empresas ainda prosseguirá em queda
Inadimplência do consumidor deve crescer no segundo semestre, aponta Indicador Serasa Experian de Perspectiva

O segundo semestre de 2010 deverá ser de alta nos índices de inadimplência do consumidor. É o que aponta o Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência do Consumidor, que registrou, em fevereiro de 2010, elevação de 1,6% (a sexta mensal consecutiva), atingindo o patamar de 101,0, o maior desde abril de 2009.

Como o indicador possui a propriedade de antever, num horizonte médio de seis meses, os movimentos cíclicos da inadimplência, a superação do patamar 100 sinaliza que no segundo semestre, a inadimplência do consumidor deverá esboçar trajetória de elevação, ainda que pequena.
 
Conforme salientam os economistas da Serasa Experian, o crescimento acelerado do endividamento dos consumidores ao longo dos últimos trimestres, combinado com o novo ciclo de aperto monetário (com a elevação da taxa selic), previsto para iniciar-se em abril, devem elevar a parcela da renda das pessoas físicas comprometida com pagamentos de juros e amortizações de empréstimos, o que tende a contribuir para a elevação dos níveis de inadimplência.

No entanto, as boas perspectivas para o crescimento econômico em 2010 e, por consequência, do mercado de trabalho devem ser fatores atenuantes, impedindo um descolamento mais acentuado dos níveis de inadimplência durante o segundo semestre de 2010.

Por sua vez, o Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência das Empresas acusou queda de 2,9% em fevereiro de 2010, o décimo recuo mensal consecutivo. Apesar disso, o índice se mantém acima do nível 100, em 116,0, significando que a redução dos níveis de inadimplência corporativa deverá continuar em leve queda ao longo dos próximos meses.
 
A continuidade do processo de crescimento da atividade econômica, aprimorando a geração de caixa das empresas, a qual deverá prevalecer durante todo o ano de 2010 (embora num ritmo mais brando a partir do segundo trimestre), constitui no principal elemento normalizador dos níveis de inadimplência das empresas, atestam os economistas da Serasa Experian.