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Nacional
Segunda - 29 de Março de 2010 às 16:06
Por: Márcio Falcão

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No primeiro depoimento desta segunda-feira sobre o esquema de corrupção, a Polícia Federal não conseguiu maiores esclarecimentos sobre a suposta distribuição de propina no governo Arruda. O ex-secretário de Comunicação do Distrito Federal Weligton Morais, permaneceu calado.

A Polícia Federal tomou o depoimento no Complexo Penitenciário da Papuda, onde Morais e mais quatro aliados do ex-governador José Roberto Arruda (sem partido) estão presos pela suposta tentativa de suborno de uma das testemunhas do esquema de corrupção.

Segundo o advogado de Morais, Marcelo Bessa, ainda há dúvida sobre as acusações que pesam contra o ex-secretário "Ele se reservou ao direito de permanecer calado. Enquanto nós não conhecermos quais são as acusações, nós não vamos nos pronunciar", disse.

De acordo com Bessa, a decisão de não prestar esclarecimentos não deve influenciar na decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) de revogar ou não a prisão de Morais. "Isso não tem relação", afirmou.

A estratégia de Morais deve se repetir ao longo do dia. O empresário Marcelo Carvalho, braço direito do ex-vice-governador Paulo Octávio (sem partido), também deve ficar em silêncio, segundo seus advogados. Na semana passada, o ex-vice-governador se apresentou espontaneamente e também se reservou ao direito de não prestar esclarecimentos.

O advogado José Safe, que defende Gibrail Gebrim, ex-assessor da Secretaria de Educação, chegou na Superintendência da Polícia Federal nesta segunda-feira informando que seu cliente também não vai falar sobre o esquema de corrupção.

A expectativa em relação ao depoimento do ex-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal Leonardo Prudente (sem partido) que também foi marcado para hoje é de que ele sustente a versão de que o dinheiro de suposta propina que aparece guardando nas meias é de caixa dois, doação da campanha de 2006 que não foi declarada à Justiça Eleitoral.

Além de Arruda, foram convocados ainda pela Polícia Federal os ex-secretários José Luiz Valente (Educação), Geraldo Maciel (Casa Civil), Omézio Pontes (assessor de imprensa) e Luiz França (subsecretário de Justiça e Cidadania). A situação mais delicada é de Pontes, que aparece em dois vídeos recebendo dinheiro.

A Polícia Federal também espera os esclarecimentos dos empresários José Abdon, da AB Produções e Alcyr Colaço, do Jornal Tribuna do Brasil, que aparece colocando dinheiro na cueca.

A polícia espera ouvir até quinta-feira 42 pessoas para concluir na próxima semana primeira fase do inquérito da Caixa de Pandora, deixando Arruda mais perto de reconquistar a liberdade.






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