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Polícia Brasil
Quinta - 25 de Março de 2010 às 06:55

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A ex-mulher de Arthur Motta Filho, morto a tiros pela filha durante uma briga do casal, afirmou nesta quarta-feira (24) que o ex-marido sempre foi violento. Segundo ela, Arthur chegou em sua casa, na cidade de Porto Real, no Sul Fluminense, por volta das 4h desta quarta, e tentou arrombar a porta.

Na casa vivem a ex-mulher e três filhas. Ela disse que Arthur estava armado com um revólver calibre 32. De acordo com polícia, durante a briga, ao tentar desarmar o pai, que já tinha disparado contra a mãe, a filha mais velha acabou atirando e matando o próprio pai.

“Ele sempre foi uma pessoa muito violenta [...] Quando bebia chegava sempre violento em casa”, contou a ex-mulher.

De acordo com a 100ª DP (Porto Real), Arthur Motta, que era separado da mãe da suspeita, seria viciado em crack. Segundo um inspetor, ele teria várias passagens pela polícia por agressão, sendo enquadrado inclusive pela Lei Maria da Penha.

No meio da confusão, a advogada Marina Motta, de 25 anos, teria acertado o pai com a arma dele. O homem morreu no local, dentro de casa, na Avenida Dom Pedro II, a principal via do Centro de Porto Real, segundo a polícia. A arma do crime foi recolhida no local por policiais do 28º BPM (Volta Redonda).

A mãe diz que a filha está abalada, mas consciente de que tentou salvá-la. Segundo ela, Marina, que está foragida, vai se apresentar à polícia.

Mãe foi ferida de raspão

A mãe contou, ainda, que levou um tiro de raspão na mão, que teria sido disparado pelo ex-marido. Nas janelas da casa há dois sinais de bala, mas a mulher preferiu não falar sobre o que aconteceu dentro da residência depois do primeiro disparo feito por Arthur. O que se sabe é que ele foi morto com dois tiros nas costas.

A polícia ainda não sabe exatamente como o crime aconteceu. Há duas hipóteses: Marina pode ter tentado tomar a arma do pai e o disparo foi acidental ou pode também ter se aproveitado de um momento de distração dele para pegar a arma a atirar.

"Tudo leva a crer que a filha cometeu esse crime num momento de desespero para salvaguardar a vida dela ou da mãe, ex-mulher da vítima”, disse o delegado Jorge Campos, responsável pela investigação do crime.

Os moradores da cidade de Porto Real, onde a família é muito conhecida, estão impressionados com o crime. “A Marina sempre foi uma menina muito doce e muito tranquila. Ela estagiou na prefeitura. Então, a gente realmente fica surpreso”, disse o secretário municipal de Saúde de Porto Real, Alexandre Serfiotis.






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