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Internacional
Sábado - 06 de Março de 2010 às 12:03

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Pelo menos três peregrinos iranianos morreram hoje e outras 54 pessoas ficaram feridas pela explosão de um carro-bomba junto a um ônibus na cidade santa xiita de Najaf, no Iraque, a cerca de 160 quilômetros de Bagdá.

Ao todo, no mínimo, 49 pessoas foram mortas nos últimos dias de campanha eleitoral, algumas delas soldados e policiais que votaram antecipadamente.

As eleições de domingo vão ser um teste para a jovem democracia do Iraque, e vão ajudar a decidir se o país pode evitar a eclosão de surtos de violência --para, a partir daí, preparar a retirada das tropas americanas, no final de 2011.

O primeiro-ministro Nuri al-Maliki concorre para um segundo mandato, sob promessa de prestação de serviços e segurança. Seus adversários são uma coalizão xiita e um grupo sectário e secularista liderado pelo ex-primeiro-ministro Iyad Allawi.

Insurgentes advertiram iraquianos, especialmente a minoria árabe sunita (que são continuístas de Saddam Hussein), a ficar em casa no domingo. Militantes sunitas disseram que as eleições vão solidificar o poder de partidos xiitas --que eles veem como hostis, hereges e incapazes de governar.

Não se sabe quem deve vencer a eleição, o que define o cenário para intensas negociações a fim de formar um governo de alianças e, talvez, fazer o Iraque novamente vulnerável a novos conflitos.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, pediu para que todos os iraquianos votassem. "O comportamento pacífico destas eleições é de extrema importância, e deve contribuir para a reconciliação nacional do Iraque", disse ele, em comunicado.

A violência caiu drasticamente no Iraque, embora tenham havido alguns atentados suicidas desde agosto.

"Os ataques nacionais permanecem nos níveis mais baixos desde janeiro de 2004", disse o porta-voz das Forças Armadas nos EUA, major Steve Lanza, em comunicado.

Segundo eles, os ataques caíram mais de 90% desde que os Estados Unidos ampliaram a presença militar, em junho de 2007.

Outro fator que contribuiu para a redução drástica foi o fato de que algumas tribos sunitas e ex-insurgentes se voltaram contra Al Qaeda, e uma milícia xiita contrária à presença norte-americana parou de lutar.

Sem medo

Os insurgentes ameaçaram diversas vezes usar a violência para atrapalhar as eleições, cruciais para que o governo mostre que está no controle no país e pode superar a violência sectária, à medida que as tropas americanas começam sua retirada.

Até mesmo folhetos com a assinatura da Al Qaeda e com mensagens contra a eleição foram distribuídos à população nesta quinta-feira.

O premiê iraquiano, Nouri Al Maliki, afirmou em entrevista à rede de TV CNN mais cedo que não teme o retorno do terrorismo e violência sectária apesar dos ataques pré-eleitorais.

"Eu não estou com medo do terrorismo se espalhar ou retornar mais uma vez porque nós temos um Exército, polícia e forças de segurança adequadas e há união nacional que manteve o esforço de reconciliação entre sunitas e xiitas".

Ataques

Na quinta-feira (4), três ataques em apenas poucas horas mataram ao menos 12 pessoas na capital Bagdá, um sinal do comprometimento dos grupos radicais em frustrar o dia de votação antecipada para agentes de segurança.

Os ataques aumentaram os temores de violência e mais atentados no próximo domingo, quando cerca de 20 milhões de iraquianos vão às urnas para eleições parlamentares.

Os ataques ocorreram na capital iraquiana, Bagdá, no dia da votação especial para soldados, policiais, presos e pessoas hospitalizadas, em uma antecipação do pleito parlamentar do próximo domingo, que vai eleger a nova coalizão governante em meio a um cenário de tensão entre sunitas e xiitas. Cerca de 850 mil pessoas devem votar antecipadamente.

Com Reuters






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