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Internacional
Sábado - 06 de Março de 2010 às 09:35

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A presidente do Chile, Michelle Bachelet, o presidente eleito, Sebastián Piñera, e o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, participaram, nesta sexta-feira (5), do lançamento de uma campanha para arrecadar US$ 30 milhões (R$ 54 mi) para ajudar as vítimas do desastre que atingiu o país no último sábado.

Cada um deles entregou um envelope branco com dinheiro para a campanha de arrecadação, que reúne políticos de diferentes tendências, empresários, jogadores de futebol, artistas, a Igreja Católica e chefes militares, entre outros.

Batizada de "Chile ajuda Chile", a campanha foi lançada no teatro Teletón, em Santiago, e deve continuar neste sábado.

O apresentador da noite afirmou que o teatro não estava lotado no evento de lançamento por precaução.

"Todos sabemos que o país ainda registra réplicas daquele terremoto. Então, se alguma réplica voltar a ocorrer, calma e saibam que existem várias saídas de emergência neste edifício", alertou.

"País forte"

Na plateia, Bachelet, Piñera e Ban Ki-moon participaram de todo o lançamento e fizeram discursos que foram transmitidos nas redes de televisão locais.

"A ONU está com vocês. Campanhas como esta são um dos melhores caminhos para ajudar aos demais. Estou aqui para entregar minha ajuda e solidariedade", disse Ban.

"O povo chileno correu para ajudar o povo haitiano. E agora é o momento para que a comunidade internacional esteja junto ao povo chileno", afirmou o representante das Nações Unidas.

Ele terminou seu discurso repetindo uma das consignas da campanha: "Força Chile".

A presidente Bachelet se emocionou ao falar ao público diante das câmeras de televisão.

"Os aplausos são para os que sofreram talvez a pior tragédia de nossa história. Aplausos também para nossos amigos vizinhos, que nos ajudaram, para o secretário da ONU. Todos os que nos ajudaram nessa hora difícil", disse.

Segundo ela, o Chile é um país "acostumado ao sofrimento, mas também forte para sair adiante".

O presidente eleito, que assumirá o cargo na próxima quinta-feira, disse que o Chile foi, uma vez mais, "golpeado pela tragédia".

O Chile é um país sísmico, com terremotos registrados nos séculos passados e pelo menos três de forte intensidade nas últimas décadas - 1960, 1985 e agora em 2010.

"Vimos como o terremoto e o maremoto mudaram a vida de tanta gente. Mas não foi a primeira e não será a última vez. E teremos que estar preparados", disse Piñera.

"Esta catástrofe revelou heróis anônimos, mas também vimos a mediocridade dos que atuam com delinquência", disse, em referência aos saques a supermercados registrados nas áreas mais afetadas pelo tremor.

Ajuda

Ainda nesta quinta-feira, Ban Ki-moon, anunciou uma ajuda de US$ 10 milhões (cerca de R$17 mi) ao Chile.

"Estou aqui para dar todo meu apoio e solidariedade ao povo chileno, neste momento de grande desafio. (...) Quero anunciar a ajuda de US$ 10 milhões para o país", disse Ban em uma declaração no palácio presidencial La Moneda, ao lado da presidente, Michele Bachelet.

Os recursos sairão do Fundo de Emergência da ONU e deverão ser destinados às regiões mais afetadas pelos tremores e pelas ondas gigantescas que arrasaram vários povoados da costa do país.

O secretário-geral destacou que as prioridades devem ser os setores de saúde, saneamento básico e albergues ou casas de emergência para os desabrigados.






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