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Meio Ambiente
Terça - 27 de Novembro de 2007 às 10:45
Por: Lisandra Paraguassu/Lígia Form

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O relatório de Desenvolvimento Humano 2007, divulgado hoje pelas Nações Unidas (ONU), cobra dos países desenvolvidos as ações para tentar controlar o aquecimento global e propõe, para os próximos 40 anos, metas muito mais duras do que as acertadas no Protocolo do Kyoto. Dos países ricos, a ONU pede uma redução de 80% nas emissões de carbono na atmosfera até o ano de 2050 para que se evite um aumento de mais de 2 graus centígrados na atmosfera terrestre. Aos países em desenvolvimento, pede uma redução de 20% no mesmo prazo.

"A responsabilidade por essa crise é, na sua grande maioria, dos países ricos. O Brasil tem uma emissão per capita de 1 tonelada por pessoa. A Etiópia, cerca de 0,2 tonelada. Os Estados Unidos, 20 toneladas. Se toda a população mundial emitisse o mesmo que um americano, precisaríamos de nove planetas para poluir. Só temos um", disse o coordenador do relatório do IDH, Kevin Watkins. Para controlar as emissões, a ONU propõe cobrar taxas pelas emissões de carbono nos países ricos e intensificar os programas de compra de créditos de carbono - em que um país que excede sua cota pode "comprar" créditos de outro que não alcança a sua -, além de tornar mais rígida a regulamentação para emissão por veículos, construções e equipamentos eletrônicos.

A ONU ainda cobra a criação de um fundo em que os países desenvolvidos repassariam US$ 20 bilhões por ano para ajudar países pobres na adaptação às possíveis conseqüências do aquecimento global, como cheias e secas. "Os países ricos investem bilhões de dólares todos os anos em infra-estrutura para se precaver de cheias e outras mudanças climáticas e não fazem quase nada para fortalecer a adaptação dos países pobres. Vão proteger seus próprios cidadãos, enquanto deixam os mais pobres para nadar ou afundar. É eticamente indefensável", acusou Watkins. De acordo com o coordenador, são necessários US$ 86 bilhões até 2015 para fortalecer a defesa dos países mais pobres. "Não é prático que os países que criaram o problema agora virem as costas para as suas vítimas", afirmou. (segue)





Fonte: AE

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