Greenpeace passa por MT com "icone" da campanha contra desmatamento

Depois de uma tentativa frustrada de recolher uma castanheira e de serem tomados como reféns em Castelo dos Sonhos (oeste do Pará), a equipe do Greenpeace passou por Rondonópolis neste fim de semana levando uma "pequena" amostra da devastação da Floresta Amazônica. Trata-se de uma tora de madeira da espécie Tauari, medindo 12 metros e recolhida numa área de preservação ambiental destruída por madeireiros na cidade de Lábrea (sul do Amazonas).

O grupo dormiu em Rondonópolis na sexta-feira e deixou a cidade na manhã de sábado levando a preciosa carga sem fazer alarde. Seguiram para a cidade do Rio de Janeiro, onde a tora de Tauari será a principal peça numa exposição visando atrair a atenção para a devastação ambiental na região.

A exposição é composta também por painéis fotográficos de 5x3 metros com imagens de áreas de reservas destruídas no Pará e em Mato Grosso. Ela faz parte das ações para destacar o projeto de Desmatamento Zero, endossado pelo Greenpeace e várias outras ONGs e também pelos governos de Mato Grosso, Amazonas e do Amapá. O projeto é considerado um dos principais resultados das discussões sobre as Mudanças Climáticas.

“A derrubada e queima de árvores respondem por 20% dos problemas climáticos observados atualmente. As florestas mais atingidas estão no Quênia, na Indonésia e aqui no Brasil. Queremos esclarecer isso e envolver a população brasileira nas ações para reverter esse quadro”, disse o ativista do Greenpeace, Marcelo Marquesin.

A ONG já promoveu um tour de jornalistas por áreas devastadas na região norte de Mato Grosso e lançou um hot-site com informações sobre o projeto. Mas os contratempos em Castelo dos Sonhos complicaram o calendário da exposição, obrigando inclusive o cancelamento das apresentações em Cuiabá e Goiânia.

“Depois do Rio de Janeiro, iremos ainda a São Paulo e Brasília. Estamos correndo contra o relógio”, disse o ativista Marcelo Marquesini ao explicar a rápida passagem por Rondonópolis.