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Quinta - 28 de Março de 2013 às 19:32

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O Tribunal de Justiça da Paraíba marcou para o próximo dia 22 de abril a primeira audiência para ouvir o fotógrafo Gilberto Lyra Stuckert Neto, acusado de matar a ex-companheira Bríggida Lourenço em junho de 2012. A informação foi confirmada pelo advogado de defesa do fotógrafo, Carlos Neves. Stuckert, único suspeito de matar a professora, se apresentou à Justiça no dia 5 deste mês. 

Segundo o promotor responsável pelo caso, Alexandre Varandas, esta primeira audiência é chamada audiência de instrução, quando são ouvidas as testemunhas das duas partes, acusação e defesa, além do próprio réu. “Neste primeiro momento, se todas as partes comparecerem, serão ouvidas as versões das testemunhas. Também será ouvido o testemunho do réu, que até o momento não se pronunciou sobre o caso, preferindo apenas relatar sua versão em juízo”, explicou Varandas.

Ainda de acordo com Alexandre Varandas, somente após o primeiro pronunciamento de Stuckert Neto é que será descoberta a estratégia da defesa. “A minha estratégia já está montada, independente do que ele [Stuckert] disser. Os indícios, as investigações policiais apontam apenas para um suspeito. Caberá a ele e a seu representante contarem uma versão diferente”, comentou.

A família da ex-companheira de Stuckert Neto recebeu com otimismo a notícia da confirmação da data da primeira audiência. O irmão de Bríggida, Joselito Lourenço, afirmou que a esperança é que o processo aconteça da maneira mais rápida possível. “Temos a esperança que aconteça a condenação, e de que ela saia o mais rápido possível. Até porque ele passou a ser considerado um réu confesso a partir do momento em que ligou para minha mãe no dia do crime e confessou o que tinha feito. Não houve a versão dele porque não há defesa para esse caso. Ele matou a minha irmã e tem que pagar pelo que fez”, declarou Joselito.

O fotógrafo Gilberto Lyra Stuckert Neto se apresentou à Justiça na tarde do dia 5 de março deste ano. Segundo a juíza Ana Flávia de Carvalho Dias, ele chegou espontaneamente ao 1º Tribunal do Júri, onde corre o processo, acompanhado do pai e de um amigo - sem advogados. Como havia um mandado de prisão em aberto contra ele e por ter ensino superior, ele foi encaminhado ao Centro de Ensino da Polícia Militar, onde permanece recluso.

Briggida Lourenço era professora de Arquivologia da UEPB (Foto: Reprodução/Facebook)Briggida Lourenço era professora de Arquivologia
da UEPB (Foto: Reprodução/Facebook)

Entenda o caso
No dia 19 de junho de 2012, a professora Briggida Rosely, de 28 anos, foi encontrada morta dentro do próprio apartamento em João Pessoa. Ela foi achada  por vizinhos com sinais de estrangulamento. O inquérito foi concluído no início de julho e a polícia aponta o ex-companheiro da vítima, Gilberto Lyra Stuckert Neto, como único suspeito do crime. Ele não foi encontrado pela polícia desde o dia do crime.

Quando o crime aconteceu, o acusado ligou para a mãe da vítima. “Ele estava chorando e disse que tinha feito uma besteira. Ele disse que ia se matar”, contou  Roselma Azevedo, mãe de Bríggida. Em entrevista concedida no dia 21 de junho à reportagem da TV Cabo Branco, o pai do suspeito, o fotógrafo e professor Gilberto Stuckert Filho, disse que o filho deveria se entregar para responder na Justiça por seus atos.

"Eu não sou disso, tenho até uma história nesta cidade. Eu sou homem conhecido na cidade, sou um escritor e tenho três livros lançados sobre a história da Paraíba. Ele muito me ajudou. Meu pai e meu avô, a gente tem uma história nessa cidade. Nós não somos pessoas de má índole”, explicou.





Fonte: Do G1 PB

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