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Economia
Quinta - 28 de Março de 2013 às 13:16

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Os criadores usam os últimos recursos para salvar o gado. No sertão dos Inhamuns, animais mortos estão espalhados pelas fazendas. Alguns terrenos viraram cemitérios, resultado de uma das piores secas da história.

João Olinda perdeu mais de 20 animais e vendeu a maior parte do rebanho de 200 cabeças. “Só Deus salva essa situação porque não tenho mais dinheiro, mais nada pra fazer”, diz.

Em Cachoeira do Fogo, distrito de Independência, ainda não choveu este ano, segundo a Fundação de Meteorologia do Ceará. O açude secou e serve de pasto. No restante da terra está difícil encontrar algum verde.

Nem a malva, planta típica do sertão e muito resistente à seca, que mesmo com pouca chuva se enche de pequenas folhas muito apreciadas pelos animais, está sobrevivendo sem água por tanto tempo.

Muitos criadores desistiram. Há um ano, Antônio de Souza dedica a vida a alimentar os animais, mas diz que está cansado. A única solução foi vender o rebanho para fora do estado. “Do jeito que está sem chover, a coisa só vai diminuindo, diminuindo, não temos expectativa de aumentar porque não tem chuva”, lamenta.

Setenta mil cabeças de gado morreram no Ceará de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Agrário. O Governo Federal planeja ampliar a distribuição de milho da Conab, já o governo do estado quer produzir milho e forragem em pelo menos cinco mil hectares de áreas irrigadas que estão inativas.






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