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Sábado - 16 de Março de 2013 às 09:53

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O argentino Jorge Mario Bergoglio disse neste sábado, no primeiro encontro com jornalistas desde que assumiu a chefia da Igreja Católica Romana, que escolheu o nome papal de Francisco por influência do cardeal brasileiro dom Claudio Hummes, 78.

"Na eleição eu tinha a meu lado o arcebispo [emérito] de São Paulo e prefeito emérito da Congregação para o Clero, o cardeal Claudio Hummes, um grande amigo", contou o novo papa. "Quando a coisa começou a ficar perigosa, ele começou a me tranqüilizar e, quando os votos chegaram a dois terços, e aconteceu o aplauso esperado --pois, afinal, eu havia sido escolhido o papa, ele me abraçou, me beijou e disse "não se esqueça dos pobres". Aquela palavra entrou na minha cabeça. Os pobres."

Hummes e Bergoglio, 76 --ex-arcebispo de Buenos Aires--, foram ordenados cardeais juntos, por João Paulo 2º, em 2001. O brasileiro apareceu ao lado do argentino no momento em que ele foi apresentado como papa aos milhares de fiéis que aguardavam pelo anúncio, na praça de São Pedro, no Vaticano.

Na entrevista deste sábado, o papa Francisco defendeu que a Igreja Católica seja "pobre e para os pobres". Ele fez a declaração ao justificar a escolha do nome, inédito na história, em homenagem a São Francisco de Assis. O novo pontífice chamou São Francisco de Assis de "homem dos pobres, da paz e do amor". "Como eu gostaria de uma igreja pobre, para os pobres", acrescentou.

Ele ainda disse que os assuntos da igreja são de cunho espiritual e que somente colocando nessas perspectiva é possível perceber o trabalho da Igreja Católica, pois eles não respondem a uma lógica "mundana"."Os eventos eclesiais não são mais complicados que os políticos e econômicos", afirmou.

"O protagonista é o Espírito Santo. Ele inspirou a decisão de Bento 16 [de renunciar] pelo bem da igreja, ele dirigiu a eleição dos cardeais", concluiu.

Para se tornar o primeiro papa latino-americano da história, Bergoglio obteve ao menos 77 votos dos 115 cardeais de todo o mundo que participaram desde terça-feira (12) do conclave. É também a primeira vez que o cargo é entregue a um jesuíta.

Francisco rezará sua primeira missa pública na próxima terça-feira (19), com a presença de diversas autoridades, inclusive a presidente Dilma Rousseff.

No dia anterior, ele recebe a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na Casa de Santa Marta, onde o pontífice permanece hospedado antes de ocupar o Palácio Apostólico.

BENTO 16

O papa Francisco almoçará no próximo sábado (23) com o pontífice emérito Bento 16 na residência apostólica de Castel Gandolfo, informou a assessoria de imprensa do Vaticano.

O porta-voz Federico Lombardi já antecipara a intenção do papa de visitar o seu antecessor, que ficará em Castel Gandolfo até o fim das obras de reestruturação do mosteiro no interior dos muros do Vaticano, onde viverá após sua renúncia.

Os dois já se falaram por telefone, na última quarta-feira, logo após o encerramento do conclave.

Com Ansa e Efe






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