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Domingo - 03 de Fevereiro de 2013 às 03:19
Por: GUSTAVONASCIMENTO

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Muitos deixam de registrar aocorrência, o que prejudica a estratégia de policiamento na Capital
Muitos deixam de registrar aocorrência, o que prejudica a estratégia de policiamento na Capital
As igrejas de Cuiabá se tornaram centro para roubos e furtos de carros. Enquanto os fiéis estão nas celebrações, os automóveis estacionados nas redondezas dos templos viram alvo de ladrões. Os veículos têm sons, estepes e outros equipamentos levados pelos criminosos. Em alguns casos até o próprio carro é levado.

Dayane Nascimento entrou em pânico logo após sair do culto em um sábado de manhã em uma igreja no bairro Araés. Ela havia adquirido o veículo há menos de duas semanas e os assaltantes cortaram os cabos do alarme, quebraram um dos vidros e levaram o aparelho de som, que custou R$ 700,00. “Eu fiquei chocada, tentamos sair e carro não ligava, foi então que vimos que eles tinham cortado o carro da bateria.”

Para Gilson Sanderes, o constrangimento maior foi durante o boletim de ocorrência. “Eu falei para escrivã que colhia o meu depoimento que ali era uma área visada e que achava que as demais vítimas lesadas não estavam fazendo B.O., por isto os furtos continuavam. E ela me disse que mesmo se todos fizessem os B.O’s. a nada ia mudar porque o efetivo policial é mínimo”.

O pastor Gilberto Teixeira conta que os membros da igreja têm sofrido constantemente com roubos e assaltos durante as reuniões. E somente em 2012 três carros foram levados durante o culto. “Acionamos a polícia para fazer uma ronda e eles apenas vieram algumas vezes. Colocamos câmeras na frente da igreja e isso diminuiu um pouco a ação dos meliantes.”

Segundo Teixeira, o problema ficou tão grave que nem mesmo dentro do estacionamento os carros estão completamente seguros. “Infelizmente já tivemos arrombamentos dentro do nosso próprio estacionamento. Levaram até um violino de um dos nossos músicos. A solução agora é designar um vigilante para ficar por aqui nos horários de culto”, afirmou o pastor.

Fabiano Rudiniki, pastor de uma igreja no Porto, afirma que a sua congregação vem passando por um problema parecido. “Esses dias atrás vimos um cara correndo com um som na mão, sabíamos que ele morava ali perto e chamamos a polícia.”

Outro caso extremo aconteceu em uma igreja católica localizada no bairro Verdão. Após muitos roubos, o padre mandou instalar um dispositivo de segurança para amenizar a situação. “O padre até colocou alarme, mas mesmo assim ainda temos medo de algo acontecer aos nossos carros durante a missa”, afirmou um dos membros da comunidade.

Segundo a Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DERRFVA), em 2012, foram realizados 782 roubos e 998 furtos à veículos de Cuiabá. E locais como igreja e hospitais têm sido os mais visados, pois os criminosos sabem que tem tempo para agir. A principal recomendação é que objetos não sejam deixados no carro para não chamar atenção e que as pessoas que tiverem som no carro tenham o cuidado de retirar a frente do aparelho para evitar a ação dos criminosos.

Para o tenente-coronel Evandro Medeiros, da Polícia Militar, é importante que as vítimas de furtos e roubos façam os boletins de ocorrência para que os roubos possam ser mapeados. “Se não soubermos onde está acontecendo não temos como agir. Sem o B.O. não podemos organizar as patrulhas”, afirmou.




Fonte: DO DC

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