Com Chiquinho na AMM, Riva tem 4ª vitória política nos últimos 6 meses
A eleição secreta de hoje deu a Chiquinho 91 votos. Foi marcada por divisão de grupos políticos. O candidato de oposição e prefeito de Alto Paraguai, Adair José Alves (PMDB), chegou a 44 votos. Entre os líderes políticos, saíram vitoriosos, além de Riva, o senador Blairo Maggi, o suplente de senador e ex-presidente da AMM, Cidinho dos Santos, o vice-governador Chico Daltro e o deputado federal Valtenir Pereira. Todos eles se empenharam para eleger o social-democrata. No barco dos derrotados ficaram o governador Silval Barbosa que, embora de forma discreta, trabalhou pela candidatura do colega peemedebista Adair, e ainda o prefeito de Lucas do Rio Verde Otaviano Pivetta, o senador Pedro Taques (ambos do PDT) e os prefeitos Percival Muniz (PPS), de Rondonópolis, e Mauro Mendes (PSB), de Cuiabá.
Deputado de cinco mandatos e cada vez mais com votação expressiva, Riva se tornou um líder político amado e odiado. Nos municípios fora da Baixada Cuiabana, é recepcionado com mais prestígio do que o governador. Vereadores, prefeitos, os próprios deputados e outras lideranças recorrem a Riva para resolver uma série de demandas que, em muitos casos, são atribuições do Estado. Já na Grande Cuiabá, o deputado enfrenta rejeição por haver maior repercussão das dezenas de processos a que responde na Justiça por atos de improbidade no passado praticado na Assembleia, onde vem atuando ora como primeiro-secretário, ora como presidente.
O próprio Riva assegura que o seu ciclo de duas décadas na Assembleia, que recebe mensalmente duodécimo de R$ 20 milhões, está terminando. Em 2014, pretende lançar a filha Janaina Riva à deputada. Embora não assuma publicamente, o desejo de Riva é de se tornar governador, já que existe a possibilidade de Silval renunciar ao cargo para concorrer ao Senado e de Chico Daltro deixar a vice para ser conselheiro do Tribunal de Contas. De todo modo, Riva tem dois caminhos à vista: partir para outro cargo eletivo, seja de governador e/ou de senador, ou sair da vida pública e, assim, se livrar do inferno astral e do monitoramento implacável do Ministério Público.
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