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Quarta - 30 de Janeiro de 2013 às 15:15
Por: Gabriela Galvão

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A superintendência do Incra no Estado nega que tenha havido qualquer tipo de fraude na inspeção feita em fazendas do Grupo Camargo Corrêa, alvo de denúncia acatada pelo Ministério Público Federal (MPF), que fará uma vistoria nas terras localizadas em Nortelândia, a fim de verificar se a empresa foi beneficiada. Acontece que, conforme acusação feita pelo Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Nortelândia (Sintraf) e divulgada com exclusividade pelo RDNews, os fiscais teriam atestado que a área que seria destinada para fins de reforma agrária é produtiva.

Por meio de nota, a assessoria do instituto afirma que a metodologia aplicada na vistoria e a confecção do laudo seguiram a legislação em vigor, assim como para as questões ambientais foram levadas em consideração as informações da secretaria estadual de Meio Ambiente; e no quesito bovino, do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado.

Eis, abaixo, a íntegra da nota enviada pelo Incra:
1) os trabalhos de campo referentes à vistoria do imóvel rural foram realizadas no período compreendido entre os dias 13 a 29 de abril de 2011, por quatro servidores desta autarquia, sendo dois engenheiros agrônomos, um topógrafo e um motorista, com autorização dos diretores da Arrossensal Agropecuária, como informado às lideranças do Sindicato de Trabalhadores da Agricultura Familiar de Nortelândia, na data de 13 de abril de 2011;
2) ainda no início dos trabalhos houve reuniões periódicas com as respectivas lideranças sobre o andamento das atividades. A metodologia aplicada na vistoria e confecção do laudo agronômico, composto por 201 páginas, teve como fundamentação legal a legislação em vigor e documentos comprobatórios fornecidos por outros órgãos públicos;
3) quanto às questões ambientais, o laudo baseou-se em informações da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Mato Grosso, tais como processo de Licenciamento Ambiental (LAU e CAR) do imóvel, que foram conferidas com imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais;
4) no quesito mineração foram consideradas as autorizações de lavra de exploração fornecidas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral;
5) no quesito rebanho bovino, conforme as fichas de fascinação e evolução do rebanho, fornecidas pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso, o imóvel possuía no período analisado 12.201 animais entre bovinos, equinos, asininos e ovinos;
6) o laudo foi encaminhado à Divisão de Ordenamento da Estrutura Fundiária, Serviço de Cadastro Rural desta Superintendência Regional, a fim de se obter a classificação conclusiva quanto à produtividade, tendo sido classificado como Grande Propriedade Produtiva, apresentando Grau de Utilização da Terra superior a 80% e Grau de Eficiência na Exploração superior a 100%.
A Superintendência do Incra em Mato Grosso está aberta para esclarecimentos e auxiliará o Ministério Público Federal e a Controladoria Geral da União no que for necessário.
Superintendência do Incra em Mato Grosso

Vistoria do Incra pode ter favorecido Grupo Camargo Corrêa





Fonte: RDNEWS

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