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Sexta - 29 de Novembro de 2013 às 18:29

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O cearense Ronaldo Oliveira dos Santos, morto no acidente do Arena Corinthians nesta quarta-feira (27), estava de passagem comprada de volta para casa, no município de Caucaia, na Grande Fortaleza. O corpo de Ronaldo chegou na tarde desta quinta-feira (28) à terra natal, onde será velado durante a madrugada e sepultado na manhã da sexta-feira (29).


- Ele ia chegar aqui para passar as festas. A viagem estava marcada para o dia 8 (de dezembro) para chegar no dia 9. Ele estava de passagem comprada para voltar - diz o irmão da vítima Paulo Renato.

Ronaldo tinha 43 anos, completaria 44 em 21 de dezembro, e era o segundo mais velho de cinco irmãos. O cearense estava há quatro meses em São Paulo para trabalhar na montagem das cadeiras da Arena do Corinthians. Ele, mais dois irmãos, Paulo Renato e Brás, trabalhavam no ramo e juntos instalaram as cadeiras da Arena Castelão, em Fortaleza.

Depois do trabalho a serviço da Conecta, Paulo Renato resolveu ficar, Brás seguiu para Arena Dunas, em Natal, e Ronaldo foi levado para São Paulo. Na manhã da quarta-feira (27), antes do acidente, familiares contam que Ronaldo ligou para irmã mais nova da família. O montador também comemorava os planos de comprar uma moto quando voltasse.

- Ele pediu para ela pagar as contas dele e, quando voltasse, faria uma festa - afirma uma das tias das vítimas.

A mãe de Ronaldo, de 65 anos, está sedada desde que soube por telefone da morte do filho. O cearense tinha duas filhas, uma de 12 anos e outra de 16 anos. A mais nova também já tinha planos com o retorno do pai.

- Na segunda-feira, falei com ele por telefone e disse que, quando ele voltasse, iria morar com ele.

Acidente

Um dos sócios da Conecta e amigo de Ronaldo, Luis Eduardo Barbosa, afirma que estava com o cearense no momento do acidente.

- Estávamos voltando do almoço, indo para o nosso setor (de montagem). A gente escutou um estrondo muito forte de desmoronamento. Nessa hora, todo mundo gritou "Corre". Depois, só me lembro de muita poeira - afirma Luís Eduardo, que também é cearense e morava com Ronaldo em São Paulo.

Estruturas metálicas do complexo foram atingidas por um guindaste que colocava a última treliça, de 500 toneladas, sobre o prédio e vitimaram Ronaldo e Fábio Luís Pereira, de 42 anos, operador de caminhão.

- Acompanhamos o primeiro centímetro que subiram daquela peça. Sempre falavam que ela tinha de ser colocada quando não tivesse vento nem chuva. Estava assim ontem - afirma Luis Eduardo.

Segundo Luis Eduardo, ele, Ronaldo e mais duas pessoas estavam em uma área permitida no momento do acidente. Seis cearenses foram levados pela Conecta para trabalhar na Arena do Corinthians. De acordo com os familiares da vítima, as empresas da obra custearam a vinda do corpo de Ronaldo e se comprometeram a dar assistência.

- A rotina de segurança estava normal. A área da peça estava toda isolada - conta.






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