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Meio Ambiente
Sexta - 15 de Abril de 2005 às 16:10

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Genebra - O diretor do Programa das Nações Unidas contra a Aids (UNAids), Peter Piot, mostrou-se cético sobre a possibilidade de se descobrir em breve uma vacina contra a doença. Atualmente só dois produtos, desenvolvidos em laboratórios de Tailândia e EUA, são testados em seres humanos, revelou ele.

Piot lamentou que os cientistas não tenham registrado avanços que indiquem que a descoberta da vacina está perto e, mais pessimista ainda, admitiu que "não há garantias" de que haverá uma vacina. "Não sabemos por onde ir, não sabemos que tipo de anticorpos devemos estimular."

O diretor lembrou que em 1984 anunciou-se a descoberta do vírus da Aids e então se afirmou que uma vacina estaria disponível no prazo de cinco anos. "Passaram-se 21 e continuamos no meio do nada", lamentou.

Segundo os dados mais recentes da UNAids, mais de 40 milhões de pessoas no mundo estão infectadas com o HIV. Atualmente, mais da metade das novas infecções ocorre em mulheres, já que a epidemia entrou nas famílias.

Piot afirmou que uma esperança para frear a expansão da epidemia é o desenvolvimento de um microbicida na forma de gel, que aplicado na vagina mataria o vírus durante o ato sexual. Estão sendo testados "em milhares de mulheres" 15 tipos de microbicidas, que podem estar disponíveis em 3 ou 4 anos.

Isso seria uma opção alentadora para a mulher que tem uma relação estável e cuja única esperança é atualmente confiar na fidelidade de seu parceiro ou convencê-lo a usar preservativo. Essa última possibilidade, disse ele, não é realista, principalmente dentro do casamento, como também não é a abstinência.

"A abstinência não é uma opção no casamento e negociar o uso do preservativo é difícil em qualquer relação e em qualquer cultura, principalmente dentro do casamento", destacou.





Fonte: Efe

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