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Indígenas são aliciados por contrabandistas
As ações do Ibama de Barra do Garças para inibir o tráfico de animais têm como foco a população indígena, de acordo com a analista ambiental da divisão de Fauna do Ibama, Marli Poletti Ramos. O contato próximo desses povos com a fauna faz com que eles sejam procurados por intermediadores que querem comprar animais e seus subprodutos para venda no exterior.
O titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Ambientais e ao Patrimônio Histórico (Delemaph), Emerson Silva Barbosa, afirma que o envolvimento de índios com o tráfico de animais e o uso de suas partes para confecção de artefatos indígenas de fato é uma preocupação da Polícia Federal, apesar de que, no momento, nenhum inquérito esteja em andamento para apurar caso específico.
Ações pontuais são feitas quando há denúncias. A Polícia Federal esteve no segundo semestre do ano passado em lojas de Barra do Garças e apreendeu grande quantidade desse tipo de produto indígena, fruto de contrabando de subprodutos de fauna.
A região de Barra do Garças é formada por cerca de 30 municípios dos quais a maioria possui população indígena. O controle da atividade é difícil, pois faz parte da cultura indígena a confecção de artefatos com penas, dentes e outras partes de aves e mamíferos. No entanto, a situação vem saindo do controle há alguns anos em todo o país.
Ciente do problema, a Fundação Nacional do Índio (Funai) discute com Ibama e Polícia Federal a fim de encontrar consenso. O ponto de divergência é que várias legislações tratam de forma diferente a mesma questão, de acordo com o presidente em exercício da Funai, Roberto Lustosa. "Legalmente há permissão para que os índios comercializem seus artefatos. Mas o problema é que isso escapou do controle e a natureza está sendo prejudicada", pondera Lustosa.
Desde maio do ano passado, a Funai encerrou as atividades das lojas de artefatos da Funai, a Artíndia. A medida foi desencadeada depois da operação Pindorama da PF que apreendeu mais de cinco mil peças produzidas com partes de espécimes da fauna silvestre brasileira em vários estados. Tratava-se de um grupo de brasileiros que há oito anos promoviam em larga escala contrabando de partes de animais, sob a fachada de comércio de artesanato indígena, inclusive envolvendo servidores públicos da Artíndia. "Até que a situação fique clara, o comércio continuará suspenso", avisa o presidente em exercício da Funai.
No ano de 2003, o Ibama de Barra do Garças apreendeu 18 animais que estavam sendo contrabandeados. Em 2004, foram 36 animais.
"Temos que considerar que em 2003 a nossa Divisão de Fauna não estava estruturada como hoje, por isso, os números podem estar subestimados", pondera Marli. Muitos desses animais, segundo ela, foram apreendidos em residências.
"Aqui esta prática é cultural. As pessoas acham que cuidam bem deles, que não é mesmo crime", completa.(FB)
O titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Ambientais e ao Patrimônio Histórico (Delemaph), Emerson Silva Barbosa, afirma que o envolvimento de índios com o tráfico de animais e o uso de suas partes para confecção de artefatos indígenas de fato é uma preocupação da Polícia Federal, apesar de que, no momento, nenhum inquérito esteja em andamento para apurar caso específico.
Ações pontuais são feitas quando há denúncias. A Polícia Federal esteve no segundo semestre do ano passado em lojas de Barra do Garças e apreendeu grande quantidade desse tipo de produto indígena, fruto de contrabando de subprodutos de fauna.
A região de Barra do Garças é formada por cerca de 30 municípios dos quais a maioria possui população indígena. O controle da atividade é difícil, pois faz parte da cultura indígena a confecção de artefatos com penas, dentes e outras partes de aves e mamíferos. No entanto, a situação vem saindo do controle há alguns anos em todo o país.
Ciente do problema, a Fundação Nacional do Índio (Funai) discute com Ibama e Polícia Federal a fim de encontrar consenso. O ponto de divergência é que várias legislações tratam de forma diferente a mesma questão, de acordo com o presidente em exercício da Funai, Roberto Lustosa. "Legalmente há permissão para que os índios comercializem seus artefatos. Mas o problema é que isso escapou do controle e a natureza está sendo prejudicada", pondera Lustosa.
Desde maio do ano passado, a Funai encerrou as atividades das lojas de artefatos da Funai, a Artíndia. A medida foi desencadeada depois da operação Pindorama da PF que apreendeu mais de cinco mil peças produzidas com partes de espécimes da fauna silvestre brasileira em vários estados. Tratava-se de um grupo de brasileiros que há oito anos promoviam em larga escala contrabando de partes de animais, sob a fachada de comércio de artesanato indígena, inclusive envolvendo servidores públicos da Artíndia. "Até que a situação fique clara, o comércio continuará suspenso", avisa o presidente em exercício da Funai.
No ano de 2003, o Ibama de Barra do Garças apreendeu 18 animais que estavam sendo contrabandeados. Em 2004, foram 36 animais.
"Temos que considerar que em 2003 a nossa Divisão de Fauna não estava estruturada como hoje, por isso, os números podem estar subestimados", pondera Marli. Muitos desses animais, segundo ela, foram apreendidos em residências.
"Aqui esta prática é cultural. As pessoas acham que cuidam bem deles, que não é mesmo crime", completa.(FB)
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/358595/visualizar/
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