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Judiciário e Ministério Público
Sábado - 24 de Setembro de 2022 às 09:55
Por: Alecy Alves/Diário de Cuiabá

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O juiz Raul Lara Leite, presidente do Tribunal do Júri da Comarca de Diamantino, descreveu a crueldade e traumas consequentes do crime
O juiz Raul Lara Leite, presidente do Tribunal do Júri da Comarca de Diamantino, descreveu a crueldade e traumas consequentes do crime

Emanoel Sidório Barboza, de 31 anos, submetido a Júri Popular na quinta-feira (22), foi condenado a 24 anos de prisão, em regime fechado, pela morte da adolescente Fabiana Elaine Almeida Costa, de 16 anos.

O julgamento ocorreu em Diamantino (208 km ao Norte de Cuiabá), mesma cidade onde a vítima foi morta.

Fabiana se recusava a reatar o relacionamento com o assassino.


No dia 4 de agosto do ano passado, a adolescente estava na casa da avó, no bairro Pedregal, quando o feminicida a surpreendeu.

Com o filho de apenas 11 meses no local, conforme aponta a sentença condenatória, Fabiana recebeu uma sequência de golpes de faca nas costas.

A jovem não teve qualquer chance de defesa.

Ao contrário, preocupou-se apenas com a segurança do filho, usando o corpo para protegê-lo dos golpes.

O juiz Raul Lara Leite, presidente do Tribunal do Júri da Comarca de Diamantino, descreveu a crueldade e traumas consequentes do crime.

Além de traumas ou desequilíbrio emocional que podem afetar a avó de Fabiana, uma senhora de 80 anos que viu a neta sendo morta, o magistrado lembrou o quanto a perda da mãe pode afetar o filho.

“São situações que vão além do mero dissabor inerente à vida na atual sociedade de riscos”, assinalou Lara Leite, ao se referir à reparação dos danos de ordem moral gerados pela prática criminosa do condenado.

O assassinato de Fabiana chocou os moradores de Diamantino, cidade com pouco mais de 20 mil habitantes.

Além de familiares e moradores, o júri reuniu estudantes do curso de Direito, do campus local da Universidade Estado de Mato Grosso(Unemat).

O CRIME - Emanoel Barboza, que teria confessado tê-la matado por ciúme, invadiu a casa da avó da vítima.

Avistou a ex- com o filho nos braços e começou a golpeá-las pelas costas.

A avó ouviu os gritos e correu ao encontro da neta e ainda a assistiu sendo golpeada.

O sangue da mãe banhou o corpo do bebê.

O criminoso fugiu do local, sendo capturado cinco dias depois.

Ele teve a prisão preventiva decretada e, desde então, permanece preso.





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