Biografia oficial do ex-goleiro Marcos será lançada em agosto
A história de um dos maiores goleiros do futebol brasileiro e ídolo da torcida do Palmeiras vai se transformar em uma biografia autorizada pelo próprio ex-jogador. "Nunca fui Santo" conta a carreira e a vida de Marcos, o eterno São Marcos, para os palmeirenses. A obra, editada pela Universo Livros, deve ser lançada no início de agosto.
O livro foi escrito pelos jornalistas Mauro Beting, Danilo Lavieri, Marcel Alcântara e Henrique Cabral e trás revelações do ex-goleiro e o que ele aprendeu com técnicos renomados, como Felipão e Luxemburgo. E o goleiro do pentacampeonato mundial ainda faz questão de destacar um bom espaço para falar dos colegas de time e rivais, como Vampeta, Rogério Ceni e Dida. Um livro contando a história do goleiro já foi lançado, mas é uma biografia não autorizada
Alguns trechos do livro:“O pessoal lá de trás é sempre o vilão. Não importa que o ataque não marcou, que o meio-campo não pegou na intermediária. A culpa será nossa. Precisamos defender a nossa meta e nos defender fora de campo também”.
"Uma honra? Uma roubada! Vai que eu entro só para a disputa e não cato nenhum pênalti? Quem seria o responsável pela derrota? Eu! Naquela época, não tinha esse cartaz todo. Era apenas o reserva de um grande goleiro como o Velloso. Eu já tinha sido chamado para a Seleção pelo Zagallo, em 1996, depois de 18 jogos como titular. Fui reserva do Zetti em Brasil 3 x 1 Lituânia, em Teresina, em outubro. Mas só isso. Quando o Velloso se recuperara da lesão, voltara a ser o número um. Com toda razão e merecimento. Embora eu tentasse cavar uma brecha, né? A gente costumava dividir o quarto em concentração. Eu sempre deixava o ar condicionado no máximo para ver se ele pagava uma gripe para então eu poder jogar. E o Velloso nem espirro dava! Eu tive de parar com a brincadeira por que achei que iria sobrar uma pneumonia pra mim."
"Um dia a gente estava junto, no segundo andar do prédio onde morava, lá na Lapa. Tinha um cara empurrando um Monza. Estava garoando. Chamei o Zezinho para ajudar a empurrar o carro que parecia quebrado. O cara agradeceu quando o carro pegou no tranco e disse “obrigado, fica com Deus!”. A gente estava voltando para o apê quando chegou um cara correndo, dobrando a esquina: “Vocês viram um Monza passar aqui? É o meu carro que foi roubado!”.
Eu sempre tive bons reflexos: “Monza? Aqui? Não vi, não.Como eu ia falar pro cara que tinha ajudado a empurrar o carro dele que estava sendo furtado? Como eu iria saber que o cara que pedia ajuda era um ladrão?
Pelo menos era um ladrão bem educado que mandou a gente ficar com Deus."
Ficha Técnica
Livro: Nunca fui Santo
Autores: Marcos Reis e Mauro Beting
Reportagem: Danilo Lavieri, Henrique Cabral e Marcel Alcântara
Editora: Universo dos Livros
Nº de págs.: 168
Preço: R$ 39,90
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