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Meio Ambiente
Terça - 19 de Março de 2024 às 06:34
Por: Por G1 MT

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Focos de calor aumentaram em MT — Foto: Comitê do Fogo

Focos de calor aumentaram em MT — Foto: Comitê do Fogo

🔥Mato Grosso registrou 1.710 focos de calor entre janeiro e fevereiro de 2024, indicando que esse início de ano teve o maior número de focos registrados nos últimos 25 anos, conforme apontou um levantamento feito pelo Instituto Centro da Vida (ICV).

De acordo com os dados do Instituto, esse é o início de ano como o com maior número de focos registrados dentro de toda a série histórica, desde 1999, ano em que os dados começaram a ser registrados.

Em fevereiro, foram contabilizados 863 focos, sendo o segundo pior na série histórica de focos de calor para esse mês, atrás apenas de fevereiro de 2005, que teve 951 focos detectados. Já em março, somente nos primeiros quatro dias, foram detectados 190 focos.

O responsável pela análise dos dados, Vinícius Silgueiro, coordenador do Núcleo de Inteligência Territorial do ICV, disse que é fundamental que se implementem ações de prevenção em áreas que possuem uma ocorrência maior de queimadas, em especial na região do Pantanal.

Dentre os dez municípios com maior ocorrência de focos, nove estão localizados no bioma Amazônia.

  • Amazônia: 1.172 focos registrados (68,5%)
  • Cerrado: 403 focos registrados (23,5%)
  • Pantanal: 135 focos registrados (8%)

Veja municípios onde os focos foram detectados:

🌞Onda de calor

Segundo o meteorologista Guilherme Borges, Mato Grosso está passando por uma nova onda de calor que deve durar até esta quarta-feira (20).

"Todas as cidades do Mato Grosso poderão experimentar temperaturas de 3 a 5 graus acima da média. Mas as chuvas vão continuar, principalmente ao final da tarde", disse.

🌞Como se forma uma onda de calor?

As ondas de calor precisam de dois principais fatores climáticos para se formarem: massas de ar quente e seco e bloqueios atmosféricos.

👉 Contextualização: os bloqueios atmosféricos são um tipo de circulação de ventos no alto da atmosfera. Eles atuam como uma barreira que impede que as massas de ar avancem.

A circulação dos ventos dessa área de alta pressão é anti-horário, o que favorece que as massas de ar quente e seco ganhem força e impede o deslocamento das frentes frias para o continente. (veja no mapa abaixo)

O bloqueio atmosférico impede que as frentes frias avancem, contribuindo para a manutenção das altas temperaturas. — Foto: Arte/g1

O bloqueio atmosférico impede que as frentes frias avancem, contribuindo para a manutenção das altas temperaturas. — Foto: Arte/g1

Assim, quando há um bloqueio atmosférico, as frente frias se formam, tentam avançar, mas encontram essa barreira, o que as leva diretamente para o oceano.

Sem a entrada de umidade vinda com essas frentes frias, a massa de ar quente vai ganhando cada vez mais força no continente, caracterizando a onda de calor.





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